Lisboa é mesmo linda

No outro dia fui dar mais um passeio pela bela Lisboa.

A coisa começou ali por Santos. Uma zona que não conheço muito bem...

Também passei por São Bento. Não vi o Sócrates, mas pude ver o jardim mesmo ao lado da assembleia.

Um belíssimo, embora pequeno, jardim.

Depois meti-me no eléctrico e lá fui eu...

Para uma outra colina da cidade. Saí junto ao miradouro de Santa Luzia, onde visitei a igreja. Nunca lá tinha entrado e fiquei a saber que pertence à Ordem de Malta.

Mas o meu objectivo era mesmo saír ali das Portas do Sol e descer Alfama. E assim foi.
E que decisão acertada! Alfama é um espectáculo. Adoro as calças e cuecas ao sol. As escadas, escadinhas, arcos e varandas. As ruas estreitas, tão estreitas que o sol mal lá entra. As pessoas simples que por ali andam. O verdete nas paredes, os plásticos a protegerem a roupa da chuva. As portadas abertas, porque não importa tê-las assim. Os recantos brancos, cheios de cores ou pura e simplesmente cobertos de azulejos. Os varandins trabalhados. As mulheres de bata ou a darem de mamar ao filho na rua, enquanto gritam qualquer coisa a alguém. Os homens à porta dos cafés. Isto, meus amigos, é mágico e não é algo que se encontre facilmente como outrora. Isto, meus caros, é o que me faz andar por ali a ver tudo. Não só os prédios maravilhosos, pendurados em cima de muros, mesmo que tortos, mas também as pessoas. Dali.

Digam-me lá, sinceramente, se estes recantos não são maravilhosos?

Mas o ponto alto do passeio, diria até, o exemplo máximo do que é esta Lisboa maravilhosa, é este vídeo que fiz logo assim que saí das Portas do Sol:



Não se vê a singela cantadeira, mas era uma moça, nova, que cantava por cima do fado do disco. À janela. Não era louca. Nem estava a estender a roupa. Estava ali a cantar e a gostar de fazê-lo.

Curiosamente, não é só nestes bairros típicos da capital que nos deparamos com maravilhas antropológicas... Aqui na Amadora, e a caminho de casa, dei com os reformados todos perspegados a umas grades a verem uma máquina a alcatroar o novo piso do parque central.

É preciso não esquecer que este terá sido, seguramente, o momento alto do seu dia. E do dia seguinte. E do outro. Ok, da semana inteira.