sexta-feira, maio 08, 2009

Maravilhas do Japão

Antes que me esqueça outra vez, aquando do passeio de bicicleta algo muito estranho aconteceu! Então não é que, no dia seguinte, tinha uma linha de borbulhinhas minúsculas por onde estava o meu chapéu!? Não sei se foi por mimese se o que é que foi, mas estava uma vergonha! E logo eu que nunca tenho borbulhas na cara! O que vale é que depressa abalaram!
E outra coisa que me deixou absolutamente louco foi ver pessoal adulto a fumar na bendita pousada da juventude, com miúdos à volta! E, tipo, logo ao pequeno almoço! Será que sou só eu ou isto é muito estranho!?

Estava chegado o último dia do nosso périplo pelo sul de Kyushu. E a primeira foto que tirámos foi ao interessante edifício da prefeitura de Miyazaki! E estava tudo engalanado e tudo.


Tínhamos como destino a belíssima ilha de Aoshima. A sul da cidade de Miyazaki.
Metemo-nos no autocarro e lá fomos nós. Apanhámos algum trânsito porque, e sendo a tal Golden Week de que vos falei, o Japão todo estava na estrada, como devem imaginar!


O mar estava lindíssimo. E a ilha é deveras interessante porque, em toda a sua volta, há umas formações rochosas muito interessantes. São conhecidas como Devil's Washboard, qualquer coisa como Tábua de Lavar Roupa do Diabo, tipo, o tanque do gajo.






É de facto interessantíssimo ver como as rochas estão dispostas.

E nessa ilha, à qual se chega atravessando uma ponte, há um templo budista. Com mais de mil anos de história!



E, como é costume, há sempre formas originais de pedir coisas aos deuses.



Eu bem que dissera à Ambre que alguma coisa estava para acontecer. E estava certíssimo. Ali mesmo à nossa frente, debaixo de um sol abrasador, um casal ia dar o nó! Ora vejam lá.












Eu adoro estas cerimónias indígenas. E só tenho pena da noiva, que o robe nupcial deve ser quente como o caraças!

Deixámos os pombinhos para trás e continuámos o nosso passeio Aoshima afora...







E aquilo parece mesmo os trópicos - como Miyazaki em geral - com tanta palmeira.



No nosso regresso ao continente - se é que se pode chamar isso à ilha de Kyushu - demos com um cão absolutamente gigantesco. E com tanto pelo, o animal devia estar morto de calor.
Mas pus aqui esta foto porque achei maravilhosa a reacção de duas velhotas que andavam em passeio por ali. Estavam tão contentes com o animal. Acho surpreendente ver como estas pessoas, muitas vezes letárgicas, reagem desta forma efusiva quando em contacto com animais!


Comemos, num restaurante a abarrotar, comemos um geladinho e fomos à senhora do turismo local. Muito simpática ela. Indicou-nos onde era o autocarro para o nosso próximo destino, o Udojingu.
Estávamos no íamos, não íamos, porque já não tínhamos muito tempo disponível...
Até que a senhora foi ter connosco de novo à paragem e disse que o marido dela nos levaria até lá! Nós nem queríamos acreditar no belíssimo gesto desta gente!
Pediram desculpa por não ser um carro de última geração - como se nós nos importássemos com isso! - e lá fomos nós!
Só vos digo! Beleza natural pura e dura! Montanhas em direcção ao mar, cobertas de verde. Estradas entaladas entre o mar lindo e as montanhas. Com muitas enseadas pelo meio. E pequenas praias. Lindo, lindo, lindo.
Mas estava um trânsito tremendo. Levámos imenso tempo e eu já a pensar que íamos acabar por ficar mais um dia em Miyazaki...
O senhor lá nos levou ao templo que queríamos ver... E disse-nos assim vão lá ver e eu espero aqui por vocês e depois levo-os a Miyazaki. Bem, caíu-nos tudo. Dessa não estávamos mesmo á espera e ficámos maravilhados com a disponibilidade do homem!

Deixámo-lo a correr e fomos ver o templo num instante. Olhem, a bem dizer, nem tenho palavras que aquilo é lindíssimo!




Um templo metido numa gruta, com vista para as rochas que caem sobre o mar. Maravilhoso, só vos digo!








Vimos aquilo em tempo recorde, que não queríamos deixar o nosso anfitrião à espera, que somos umas pessoas com respeito pelo próximo!

Metemo-nos no carrito do senhor, esperámos por entre muitos carros, admirámos as paisagens maravilhosas debaixo daquele sol esplendoroso. Parámos em Aoshima para apanhar a mulher do senhor e lá fomos a caminho de Miyazaki.


Peço-vos que guardem os vossos comentários sobre o meu sovaquinho maravilha para vós próprios, senão fôr pedir demais.

Chegámos muito a horas do nosso comboio.
Quatro longas horas até chegar a Oita. Junto à água, por entre montanhas cheias de árvores, curvas e contra curvas. Estações desertas e túneis atrás de túneis.

Eu adoro o Japão que vi. A natureza. A da terra e a das pessoas.
Sim, a tipa da pousada era uma ursa, mas depois conhecer pessoas que, sem mais nem menos e sem pedir nada em troca, nos dão umas quantas horas do seu tempo e fazem um desvio considerável só para nos poderem facilitar a vida. Essas coisas não se esquecem, não senhor!

1 comentário:

Ritinha disse...

Que maximo!Que maximo!Que maximo!