sábado, março 14, 2009

Yokohama, here I go!

Despachei-me, pus-me belo e lá fui eu na carreira para o aeroporto. Mais de 5 minutos de atraso! O motorista já se deve ter suicidado!
Fiz o check-in e, como sempre nesta terra, repararam que o meu nome do bilhete não corresponde ao nome no meu cartão das milhas! Expliquei à menina (e não se esqueçam dela, por favor) que o meu nome é longo demais e que não cabe no cartão. E ela lá acabou por me meter as milhas manualmente. Tenho o recibo na carteira.
Passei o detector de metais. E não apitou.
E sentei-me. Todos os anúncios foram feitos somente em japonês. Como sempre. Antes tinha sido a JAL, agora a ANA. Eu, que nem vidente sou, já sabia que isto ia acontecer (a menina do check-in falou comigo em inglês, a da bagagem nem por isso, mas eu fiz-me de burro e ela não teve outro remédio!). Vai daí, deixei toda a gente embarcar. Sempre tudo em japonês.
A tal menina do check-in, que também estava no gate, apercebeu-se que eu ainda ali estava.. E como eu percebi que ela se apercebera de mim, levantei-me e perguntei se a coisa seria só em japonês! Ele pediu desculpa, que costuma fazer a coisa em inglês trá lá lá e florzinhas e anjinhos voadores. Eu disse-lhe que queria falar com alguém responsável pelos serviços. E ela disse-me que era com ela mesma. Bem, eu já passado da marmita - a última vez que tal tinha acontecido fora pelo telefone com a minha chefe, há um ano - disse-lhe que não havia respeito por quem não entende japonês, que é sempre a mesma história, que isto assim não pode ser. E ela sempre a pedir desculpa enquanto me acompanhava ao avião. E eu até lhe disse que, no fundo, a culpa nem era dela, mas sim de que não lhe dá instruções para fazer as coisas como deve ser!
Enfim, despedi-me dela à porta do avião, com um sorriso, porque, apesar de tudo, eu não sou um grandessíssimo filho da mãe!
Agora escrevo um esboço disto no avião, novo, com um jornal em inglês na mãe. E estou à espera da minha bebidina pipi.
Eu bem sei ue esta minha teimosia pode parecer um exagero a muita gente. Mas estou farto de ser tratado como se fosse de segunda. Estou cansado desta forma de pensar absolutamente ultrapassada e idiota. Ou este país se adapta - e não quero com isto dizer que deixe de ser único e absolutamente extraordinário em muitas outras coisas - ou vai pelo caminho errado!
É que vir aqui passear e dar com problemas de comunicação até é giro, mas estar aqui e ter que levar com isto a toda a hora já cansa! E a minha pele ressente-se!

O vôo foi péssimo. Pelo menos para mim, e parecia ser o único a temer pela vida, graças ao raio da turbulência! É que quanto mais vôo, mas medo tenho do raio dos aviões que abanam e andam para cima e para baixo. Eu bem sei que os aviõezitos estão preparados para muito mais turbulência do que aquela que apanhámos, mas tenho medo e prontos!

E almocei, já em Haneda, um dos aeroportos em Tokyo, a ver as vistas...


E fui logo para Yokohama, o local onde ia ficar. Um sítio belíssimo, junto à água. É a zona de Sakuragicho. E é onde fica a Landmark Tower, um dos edifícios que me deixa sempre boquiaberto!


Mas porquê que já ando a viajar outra vez? É que fui até Yokohama para ir a uma conferência para pessoal que vai regressar aos seus países este ano. Tive que pagar tudo, porque é tudo uma coisa voluntária, mas um passeio a Tokyo é sempre um passeio a Tokyo!

Já à noite, e com o tempo muito melhor, esperei pela Danielle e o Russel que vieram num vôo ao início da noite. E lá me andei a passear por Sakuragicho e a sua roda gigante!





Um sítio absolutamente maravilhoso e algo incomum no Japão, onde as cidades não abraçam as zonas ribeirinhas desta forma (e certamente não como Lisboa e sua obsessão em ter o rio ali mesmo!).

Levei os meninos até à nossa pousada, o sítio mais barato que encontrei na internet... daí o tamanho minúsculo do quarto... que partilhei com o Russel!


E ficámos mesmo ao lado da Chinatown!


Mal dormi. É que agora, que estou velho, tiram-me a cama, tiram-me tudo!
E o Russel acordou a queixar-se do cú! Eu juro que não fiz nada! Afinal, dormimos no chão, n'é!?

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