Senhora do Monte

No outro dia, mais um dia solarengo, como só Lisboa tem, fui a um sítio onde queria ir há muito: Senhora do Monte. Ali juntinho à Graça. Um miradouro que se vê da Baixa. Como um bocado de cimento que sai da encosta, é verdade.
Mas fui lá dar com um sítio verdadeiramente bucólico. Mais um bocado de céu no meio de Lisboa.

Logo à chegada, ainda a subir a rua, que eu vou sempre a olhar para tudo, dei com este prédio roxo. Não podia estar mais in!


Um nadinha mais à frente, estava Lisboa à minha espera. É que posso vê-la todos os dias e de todos os sítios, que nunca me cansa!









Mais uma vez, estava sem palavras.
Eu que até sou um gajo que tem sempre alguma coisa a dizer...
Isso ou o facto de estar sózinho também não dava azo a eu dizer coisas...

Enfim, considerações que agora não importam.

Lá mesmo no topo, junto às árvores, há uma capela - que pude visitar, mas que não se pode fotografar - e a Senhora do Monte numa redoma.




E até casa de banho pública tem, há que dizer!


É um sítio que recomendo vivamente! Com o céu maravilhoso que estava, Lisboa estava linda!

Entretanto reparei que havia umas escadas ao lado da capela. Andavam por ali uns miúdos na brincadeira. E decidi aventurar-me.
Não fazia a mínima ideia onde é que iriam dar, mas também não me importava! Até porque eram a descer e eu sabia que tinha que acabar nos Anjos ou qualquer coisa do género.

E lá fui eu...





Dei com duas coisas bem interessantes por aquelas escadinhas abaixo... Assim que me assumo às ditas cujas, olho para baixo e vejo, talvez, os bombeiros a transportarem alguém que havia morrido. Dentro de um daqueles sacos cinza que se vêm na televisão. Juro, palavra d'honra.




E também dei com esta senhora maravilhosa a tratar do seu buço à janela.




Gostei muito deste recanto que desconhecia por completo.

Continuei por ali abaixo e passei bem junto áquela cratera que se abriu no outro dia na Rua Maria da Fonte. E que cratera, devo dizer.

Mesmo na esquina dessa rua dei com um dos muitos palacetes que ainda povoam Lisboa. Assim, sem mais nem menos.


E outros prédios maravilhosos que por aí andam. Mesmo que estejam a caír aos bocados.



Passei pela Rua Maria - nome delicioso - e acabei no Intendente. Que, diga-se de passagem, está muito melhor do que quando eu e o Rui por ali passámos, éramos nós novos e magros.





Acabei o meu périplo na estação da Baixa Chiado, de longe a minha estação de metro favorita. Porque é monumental e, ao mesmo tempo, tão sóbria e minimalista.




Assim foi mais um passeio pela cidade mais linda do mundo.