sexta-feira, agosto 28, 2009

O Regresso - New York. O mundo todo cabe aqui

Esta cidade é um mundo, juro, palavra d'honra. Tanta gente, diferente, de tanto lado. E neste dia fui mesmo ao centro do mundo... Como quem diz...


Fui às Nações Unidas!

Nesta foto vê-se o sítio onde fica a Assembleia Geral.


E o edifício principal.



Estava mesmo entusiasmado com a visita às Nações Unidas. Afinal, não é todos os dias. Até um dia, quando for um diplomata importante. Digo eu.

Decidi fazer o tour. E comecei logo por dar de caras com os secretários gerais, ainda no átrio principal.


A nossa primeira paragem fui junto a alguns presentes dados às Nações Unidas por diversos países.
Um deles é este símbolo budista, entregue por um grupo de países, incluíndo a Birmânia e a Tailândia. Com ouro à séria!


Um presente da Bielosrússia.


Continuámos pelos corredores a fora e demos com informação sobre os famosos capacetes azuis. Capacetes esses que se tornaram um símbolo da manutenção da paz.



Vimos também os esforços feitos para combater as mais diversas carências a nível mundial... Desde a fome...


...à educação...


...ao refúgio...


...à doença.


É impressionante ver as marcas com as quantidades de comida servida ou as caixas com coisas para escolas, incluíndo um mini quadro na parte de dentro da caixa. Tudo muito bem pensado.

Entretanto, dei com o Ban Ki-moon, o secretário geral lá do sítio.


E depois entrámos naquele sítio fantástico que é a Assembleia Geral. É muito mais pequena do que pensava. Mas esse pensamento logo se dissipou quando me lembrei do Chavez a dizer cheira a enxofre. O Diabo esteve aqui, logo depois do Bush lá ter estado. E lembrei-me de como a Assembleia Geral pode ser um sítio divertido!


E até dei com o sítio de Portugal e tudo.




Foi giro ver aquilo tudo. E perceber como muitas das coisas que se passam no mundo passam por ali!

Na secção do desarmamento vi uma estátua de Nagasaki, lá do Japão.
Ainda perfeita pela frente...


...mas completamente carcomida por trás, por causa do calor da bomba atómica...


Dá que pensar. Tal como me deu em que pensar quando visitei Nagasaki e Hiroshima. Pena que o Japão ainda não admita completamente os crimes que também cometeu...

Vi também como uma arma pode ter algum uso para além de matar gente:


Foi giro fazer o tour com gente de todo o lado. A guia era chinesa. E havia gente da França, Índia, Alemanha, Irão, etc...

Já à saída há um pequeno espaço onde se recorda o pessoal que foi morto no Iraque. Onde se pode ver uma bandeira da ONU que sobreviveu ao ataque do complexo em Baghdad.


Caso não saibam - e porque este blog é um blog de cultura e sapiência - as Nações Unidas não são parte dos Estados Unidos, nem tão pouco da cidade. Vai daí, e embora não haja fronteira propriamente dita, há forças de segurança e correios próprios da ONU. Como não tinha a minha agenda comigo, e só sei uma morada, mandei um postalito para casa. Com um selo da ONU.


Depois foi altura de deixar a diplomacia para trás.




Foi muito giro, mas eles estão a precisar de um edifício novo... Aquele já é velhote e já deu o que tinha a dar, quer-me parecer.

Lá desci do East Upper Side, zona fina e fui para a Baixa.



Parei na famosíssima Wall Street, para ir ver como estavam as cotações das minhas acções - piada boa, esta!


E cá está o antro...




Lá mesmo ao lado, há um espaço onde o George Washington foi empossado como o primeiro presidente dos States.




Ora, toma, que Wall Street é assim.



Logo ali ao lado, fica uma das ruas mais conhecidas do mundo, a Broadway.



Praticamente do outro lado da estrada, de como quem sai da Wall Street, fica o Ground Zero. O sítio onde estavam as torres gémeas.






Como é óbvio ninguém fica indiferente a isto.
Mas, sinceramente, aquilo agora não passa de um grande estaleiro. Daqui a uns anos, quando tudo estiver terminado, incluíndo o monumento que recordará o 11 de Setembro, aí sim, deverá valer bem a pena lá ir.

Mesmo ali ao lado, fica uma pequena praça onde muita gente se senta.


Até a jogar xadrez.





Gostei muito de estar ali sentado. E ainda troquei dois dedos de conversa com uma tipa do Irão, que estava de visita. Foi interessante perceber como a vida daquelas gentes ficou tão mais complicada desde que este presidente deles lá chegou! Ela disse-me, a título de exemplo, que dantes as mulheres podiam conduzir sem véu... Coisa impensável nos dias de hoje...
É triste. Mas é interessante ver como as pessoas não o querem lá... E é ainda mais interessante ver o equilíbrio que entretanto o Líder Supremo anda a tentar fazer...

Entre o Ground Zero e a ponte de Brooklyn há uma pequena igreja. Logo por detrás daquilo que eram as torres gémeas. Apesar da catástrofe, escapou incólume. E serviu de ponto de apoio a todos aqueles que acorreram ao sítio para salvar quem lá estava dentro. Como seria de esperar, as pessoas dormiram lá, descansaram, choraram, rezaram.
Um local muito interessante e que me emocionou bastante.


Até um presente de milhares de origami de garças, símbolos de paz, vieram do Japão.


O cemitério, nas traseiras da igreja. Por detrás do qual fica o Ground Zero.





Este banco é o mesmo de 2001. Foi assim mantido, mesmo já gasto, para relembrar todos aqueles que iam ali tentar esquecer a exaustão.





O que me emocionou mais foi ler a história da cerca da igreja e das botas lá deixadas por aqueles que trocaram ali das roupas à civil para os uniformes de bombeiros. Muitas dessas botas civis foram deixadas na cerca da igreja, onde ficaram penduradas, e nunca foram reclamadas de volta, porque os seus donos morreram dentro dos escombros.

Ainda ao escrever isto, fico com pele de galinha


Deixei aquele local para trás.

É giro ver aquelas barraquinhas típicas que vendem tudo e mais alguma coisa. Desde frutos secos a pretzels e hot dogs.


Como já disse, as estações do metro são quentes, como verdadeiras saunas. Confesso que, por vezes, esperar pelo metro, ainda que dois minutos, foi um martírio. Um martírio muito molhado.
Mas cá fica um pormenor de uma das estações.


Voltei à Times Square. Porque tinha um encontro marcado.
E Times Square estava igual a si própria, cheia de gente, de néon e coisas em geral.








Fui ter com a minha Emily, coisa mai' linda.


Ela foi a Boston de férias por duas semanas... E nós tínhamos encontro marcado ainda antes de eu ter deixado o Japão!
Foi óptimo vê-la, rirmos e metermos a conversa em dia!




Ela já tinha comido, mas eu mamei um hamburger!





Ainda tirei uma foto com a Estátua da Liberdade que se andava a passear pela zona.


Vimos danças.






E fomos até meio caminho junto de metro. Saí na Broadway Junction e lá fui à minha vida. E ela voltou para Oita.


A minha noite acabou com estas sábias palavras do Angelo italiano. Mas em português e tudo!


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