domingo, fevereiro 28, 2010

E este era para ser um fim de semana sossegadito...

Tudo o que já tinha combinado há algum tempo era exactamente este encontro com a minha Margarida para irmos ao Fado in Chiado e depois irmos jantar.

Antes do show fomos comer uns belos croissants ali à Bernard, onde nunca havia ido.







Chovia um nadinha.

Os fados seguiram-se. Nada maus, mas nitidamente ali para os estrangeiros. E ela, quiz-nos parecer, era muito melhor que ele.
Ainda nos mexemos ao som de alguns fadinhos e eu já me contorcia com uma senhora a tirar fotos e a fazer vídeos apesar dos avisos em contrário em quatro línguas!

O jantar também correu bem. No Super Mário.

Assim como quem não queria a coisa, lá se me encheu o fim de semana. E no sábado fui lanchar com a prima. Que desde que comecei a trabalhar, não posso ir almoçar com ela todas as semanas, como de costume.
E levei-a à belíssima exposição do Japão e Portugal.



Depois ainda fomos comer uns chocolatinhos ali à Xocoa.

O dela era de trufa branca. Coisa fina.



O meu era bem mais prosaico: tomilho.



Depois despedimo-nos.



Acabei de ler o meu livro entretanto. O First Global Village é um belo livro e aprendi muita coisa. Além de nos mostrar um Portugal que exportou muita coisa e que é muita vez esquecido.

É que estava a fazer tempo para ir jantar com o Paulo e uns amigos seus. O que proporcionou estas belas fotos de uma fonte do Rossio cheia de espuma.





Já hoje, houve um brunch em casa da Sónia. Uma coisa simples, de uma pessoa que nos tem habituado a mínimos.



O repasto foi seguido de um jogo improvisado de picturenary com gestos. O que, como escusado será dizer, foi divertimento à séria. De tanto rir até se me doía a garganta.
Já para nem falar na risota que foi ao vermos os apanhados da televisão em directo e afins na YouTube...








A equipa das meninas ganhou-nos. Nos dois rounds. Mas só por um ponto...

E assim foi um fim de semana que era para ter sido sossegadito. Como se isso existisse na minha vida. Mas com estes amigos fantásticos... Não é possível.

São já 5 anos

Estava aqui a falar com a minha mãe que me relembrou que dia é hoje... E é um dia mau, é preciso dizê-lo. É que há 5 anos, dizia adeus a uma das pessoas mais importantes da minha vida: o Norberto, meu avô.

Entretanto, a minha vida deu uma grande reviravolta e confesso que não me recordava que hoje passam 5 anos do dia em que recebi a notícia no meu telemóvel. Havia pensado nisso há uns dias, mas nem sei bem às quantas ando.

Mas vou colocar aqui um texto que escrevi exactamente há dois anos. Por ele. Para ele. Porque ele merece isto e muito mais. E sinto cada palavra exactamente da mesma forma.

E porque ainda me é difícil lembrar-me de que ele já não anda por aqui, não vou escrever mais...



Ha 3 anos recebi a noticia que o Noberto morrera. Ainda ha pouco estava a pensar nisso e os meus olhos ficaram logo cheios de agua... As vezes penso como e que, e apesar do tempo que ja passou, sinto a coisa como se fosse hoje. Uma falta imensa. Uma falta imensa das coisas que ainda podiamos ter feito, das gargalhadas que podiamos ainda ter partilhado... Nao tenho duvidas que o meu amor por essa pessoa linda que foi o meu avo durara para sempre, sem nunca se esbater...

Enquanto escrevo isto, como que para exorcisar a dor em mim, lembro-me de receber o telefonema com a fatidica noticia naquela manha de segunda feira. Lembro-me dele a murmurar qualquer coisa que jamais saberemos o que era, quando o deixamos no lar, com a mao dele a alcancar-me. Lembro-me dos banhos que lhe dei, da comida que lhe dei, do seu cabelo, dos seus olhos, da sua eterna boa disposicao, do seu orgulho nos seus netos, da sua incessante vontade de trabalhar, da sua absoluta integridade. Lembro-me disto tudo, enquanto choro.

Ainda por cima, hoje, tenho estado com uma das minhas crises de dores de cabeca... Mas daquelas mesmo feias... Mas nada que se compare a dor que sinto quando me lembro dele.

sábado, fevereiro 27, 2010

Mais umas visitas, mais um passeio

O Da Costa De Carvalho recebeu cá umas visitas japonesas. É que ele vai expôr uns quadros numa galeria de Tokyo - eu só tenho amigos finíssimos, é o que é! - e a senhora da galeria veio até cá. Com dois amigos. Também porque está a decorrer uma exposição no Porto com obras suas e eles vieram até cá ver as vistas. Já agora, e para quem está no norte, a exposição está patente na Esteta Galeria, Rua Sousa Viterbo 28, 1º e até ao dia 19 de Março.

Vai daí, eu já me havia oferecido - eu sou um oferecido... - para ir passear com estas visitas e o Da Costa De Carvalho. E lá fomos. Até porque a minha chefe, que é uma querida, permite-me compensar as horas noutro dia. Também quando lhe faço mais falta.

O tempo estava assim um nadinha estranho. Mas mesmo assim fomos ver a Boca do Inferno ali em Cascais.



Eu confesso que tenho algum medo daquele sítio. A água a bater nas rochas faz-me imensa impressão. E com a altura a que estamos não ajuda nada...

Já que estávamos por ali, fomos à Marina beber qualquer coisinha.



E eu, para não envergonhar o anfitrião, não vou contar o festival que foi quando ele se apercebeu que não tinha o ticket do parque... E que pagou um dia inteiro de parque... Para depois descobrir que, afinal, tinha o dito ticket...

Coisas à lá Da Costa De Carvalho!

Dali fomos até à Roca. É curioso que não ía lá há milénios, mas num mês já lá fui duas vezes. O que já não me aflige, que agora há protecções junto à escarpa o que me facilita a visita!

A verdade é que os nossos queridos visitantes japoneses estavam muito contentes por irem até à pontinha mais ocidental da Europa continental. E de lá trouxeram uns certificados para o comprovarem, não vá alguém duvidar que tal pontinha fica na Lusitânia!





As azedas já começam a florir e veêm-se tufos amarelos por entre o verde todo daquela zona.



Estava uma ventania que não vos digo nem vos conto. E até pensámos que o restaurante que o Da Costa De Carvalho havia escolhido podia estar fechado. Mas não. Até porque a Praia da Adraga estava em condições de ser visitada e não completamente tomada pelo mar.








Juro que se vê a América do outro lado!





Nós já tínhamos visto que, da Roca, não se via nada da Serra de Sintra. Mas tínhamos que ir até lá. Que é paragem obrigatória.

E o nosso almoço que foi tão bom!

Parámos numa loja de antiguidades e afins já na Serra.









E continuámos a subir até ao Palácio da Pena. Que estava como se pode ver: envolto em nevoeiro, que não se via nada. Mas acho que esta cena só tornava a coisa ainda mais interessante.
















Os nossos convivas gostaram muito e aprenderam muita coisa e, quer-me cá parecer, inspiraram-se em coisas que viram.
Eu também aprendi muita coisa, que o Da Costa De Carvalho é um homem sábio e que sabe mesmo muito. E soube-me muito bem ter voltado a entrar no meu próprio palácio depois de tantos anos!

Deixámos Sintra para trás e viemos para Lisboa. Os japonesitos foram descansar e fazer umas compras e eu e o Da Costa De Carvalho fomos até ao Starbucks, esse sítio tão português, tomar qualquer coisa e fazer tempo.



Os nossos amigos artistas vindos lá do outro lado, tinham-nos convidado para irmos até uma casa de fados jantar com eles. E fomos.

Juro que me arrepiei a ouvir algumas das actuações e até a senhora que estava à minha esquerda me disse eu não percebo as palavras, mas sinto muito isto. E este é o poder do fado, quer-me cá parecer.









No final do dia, vim para casa com duas palavras japonesas novas... Inimigo diz-se teki e nevoeiro é kiri. Não confundir com kirin, que é girafa, acrescento eu. E muito feliz da vida, há que dizê-lo com toda a frontalidade!