domingo, janeiro 23, 2011

As eleições

Fui votar e a primeira sala estava bem. A segunda também. A terceira tinha uma fila gigantesca. O que me valeu foi a minha, a quarta, que também estava benzinha, não fosse a senhora da mesa de voto já a passar-se dos carretos! Eu até a percebi quando me disse que eles ali não podiam fazer nada quanto às reclamações das pessoas que, segunda ela mesma, já tinham até escalado um pouco em demasia.
Bem, eu disse-lhe que não seria certamente culpa das pessoas ali na sala, mas muito menos teriam culpa os votantes. E disse-lhe até que a junta me tinha informado que não seria preciso o papel com o meu número de eleitor - que recebi quando vim de lá dos Orientes para aqui - e que o meu cartão de cidadão seria suficiente. Quando lhe disse isto, a senhora passou-se e só me disse desculpe o que lhe vou dizer, mas alguém os devia ter no sítio para meter isto em ordem. E eu concordei, claro. Mas quando ela me disse que estávamos a ser mal informados eu disse-lhe que não, que não estávamos, porque, em teoria, seria possível votar só com o novo cartão do cidadão. 
E a conversa por ali ficou. E isto niguém me tira da cabeça: mas quem são os totós que organizam as coisas e não pensam em todos os pormenores?! Afinal, estamos a falar da escolha dos destinos do país e, aí, não devia ser permitida falha alguma. Mas como todos nós sabemos, ninguém vai ser responsabilizado por nada.

Do meu lado, amanhã segue reclamação para a CNE. Até porque as sms que mandei para receber a informação sobre o meu local de voto - nunca tinha votado nesta freguesia - foi tão útil quanto o momento em que as recebi. Diziam que tinha que votar na minha freguesia (obrigado, mas queria era saber a escola!) e recebi-as já eu tinha votado.

Não posso terminar sem referir que a escola era um espectáculo e novinha em folha. Porque acho bom que se saiba.

2 comentários:

Astrid disse...

Oh, Angelo. Adorei teu post. Mesmo. Olha, tenho que confessar que foi a a minha 1ª vez, acreditas? Pois, foi! A 1ª como cidadã portuguesa e a 1ª a que fui na vida sem ser obrigada). Sim, foi foi um voto útil. A escola novinha, as pessoas simpáticas e um futuro todo pela frente). Pode não significar muito o acto, mas eu fiz e faço o que quero da ínfima parte que me cabe/coube. E soube/sabe tão bem. Abreijos e boa semana!

Vanessa disse...

Eu por acaso tive sorte (como te disse) e também votei pela primeira aqui em lx e correu tudo bem mas vi filas-a-fazer-caracol de gente que estava indignada por não conseguir votar, ou porque não era o seu local de voto ou porque nem sabiam qual era o seu novo nº de eleitor que não aparecia em lado algum...enfim, uma vergonha em pleno século XXI!
Fizeste muito bem em reclamar, a ver vamos se obterás a (merecida) resposta.
Beijos mil.