Os aniversariantes no dia 1 de Outubro.
Sim, estou metido numa concha. No Aquario de Oita!
Eu e a minha Shana no dia da minha cocktail party.
Algures na cratera do Monte Aso a espera do comboio.
Sim, estou metido numa concha. No Aquario de Oita!
Eu e a minha Shana no dia da minha cocktail party.
Algures na cratera do Monte Aso a espera do comboio.
Decidi agrupar uma serie de pequenos grandes acontecimentos e conta-los todos de uma vez. Mas prometo nao me alongar muito. Parece-me que as minhas cronicas comecerao a ser mais curtas. Acho normal.
Bem, vou debrucar-me sobre os seguintes acontecimentos:
- Festa de aniversario antecipada;
- Passeio de autocarro ate Kunisaki;
- Cocktail party;
- Passeio de autocarro ate ao Monte Aso.
Decidiu-se fazer uma festa no dia 1 de Outubro para celebrarmos cinco aniversarios: o meu, o da Chewy, o da Sonya e o da Tomiko. Estavamos tambem a celebrar o do Jared, mas ele nem apareceu! Enfim...
A festa foi em casa da Sonya e serviu, tambem, para o pessoal conhecer o Thomas que entretanto havia chegado do Canada para ficar com ela no Japao.
Como nao poderia deixar de ser, porque se trata da Sonya, havia imensa comida, cuja maior parte fora feita por eles, e cada um de nos levou algo para comer e/ou beber. Estava la o pessoal todo: eu, a Sonya e o Thomas, naturalmente, a Chewy (que mora por cima da Sonya), a Tomiko e o namorado Mike, a Shauna, a Cynthia, a Qin (le-se "chin"), a Katy, a Emma, a Rhea, o Ronnan, a Danny, o Kevin, a Yuko e uma amiga (sao amigas da Sonya), a Carlonina, o John, o Chris e a Sue Jean, ja ao final da noite.
O momento alto da noite foi o momento da maquilhagem... A Yuko e uma maquilhadora que faz coisas deslumbrantes (eu vi umas fotos que ela tirou a Sonya e o tudo estav LINDO!) e a Mary perguntou se ela se importava de a maquilhar. Obviamente que a Yuko nao se furtou a faze-lo e eu estava abismado com a forma desembaracada mas precisa com que ela fazia a coisa. Dai a nada, decidiu-se que um rapaz tamebm teria que ser maquilhado. Adivinhem la quem foi o escolhido... EU! Ate levei com aquela cena de alongar as pestanas, que mais parece um instrumento de tortura da inquisicao espanhola. So levei base, rimel e, apos grande insistencia da plateia, lip gloss. Por amor da santa!
Foi uma optima noite, com imensa comida e alguma bebida e uma vizinha que foi la bater a porta ainda antes das dez da noite a dizer que estavamos a fazer muito barulho e que havia gente que trabalhava no dia seguinte e bla, bla, bla... O Kevin - que respondeu a porta e fala um japones perfeito - bem que pedia desculpa e tudo mais mas a mulher quase que se transfigurava. Ainda nos quedamos por ali ate a meia noite, mas eramos ja poucos e o barulho era quase nenhum.
Acabei essa noite no bar dos gaijin na conversa com a Cynthia.
No fim de semana seguinte, foi a estoria de Okinawa, a qual ja (longamente) me referi, mas que nao podia deixar de abordar mais uma vez! Okinawa ROCKS!
Pois bem, no fim de semana seguinte foi altura para ir numa viagem de autocarro organizada pelo International Plaza, uma instituicao ca do sitio. Pagamos 8000 ienes por cabeca, com tudo incluido por dois dias de viagem e uma noite de dormida.
Antes da viagem, nem sequer sabia o itinerario, mas tambem nao me interessava, porque sabia que ia divertir-me. Afinal, iam uns quantos estrangeiros e uma serie de indigenas. E assim foi: eramos 9 estrangeiros e 18 nativos.
O percuro foi o seguinte: saimos de Oita no Sabado as 9 da matina, com destino ao Aquario de Oita, depois rumamos a Kunisaki. Dormimos algures e no Domingo fomos ao Oita Agricultural park, almocamos por la e seguimos para uma adega antes de regressarmos a casa.
O Aquario e deslumbrante! Joao tens mesmo que ca vir! Vais AMAR! Ja tinha reparado no Aquario, mas tinha a impressao que era pequeno, sem muito interesse. Nao podia estar mais errado! E magnifico, com imensos peixes e outros seres ca do sitio e tem espectaculos de lontras (gordas, como eu!), otarias, leoes marinhos e golfinhos (devo confessar que o tanque em que estao me afligiu pela sua reduzida dimensao!). Depois tem uma zona para os miudos (onde tirei a foto dentro da concha) e uma zona onde podemos tocar nos peixes. Eu, na verdade, toquei numa raia. Que suave! Mas estranho!
Kunisaki e uma localidadezinha numa peninsula a norte de Oita. Tem um museu com pecas dos tempos das pirmeiras ocupacoes da zona e umas casas que retratam as habitacoes da altura. Uma momento culural muito interessante. E ate podemos polir umas pedras que nos deram para fazermos uma joia com base na forma dos golfinhos. Eh, eh... Sai-me mais ou menos. Nunca fui dado a trabalhos manuais!
Estavamos ja no final da tarde, quando chegamos ao hotel, ou melhor, hospedaria onde iamos ficar. Cada quarto teria 3 pessoas e tinhamos que nos levantar as 7 da matina do dia seguinte, porque o pequeno almoco era entre as 7 e as 8. AIIII!
Fizemos uns jogos entre todos, falamos imenso ate a meia noite - sobretudo eu que nao me calava, mas tambem toda a gente pedia para continuar, senao caiamos no silencio - e la fui dormir. Como era um hotel do estilo japones, dormimos em futons no chao de tatami. Nada mal.
Mas na manha seguinte la me confrontei com um dos meus monstros: o pequeno almoco. Ora como estavamos num hotel japones, o pequeno almoco seria, obviamente, japones. E isso implica arroz, salsichas, vegetais, sopa e mais nao sei que de manha. Pedi leite e pao e... NAO TINHAM! Tive que sair, cruzar a rua e ir comprar estas duas coisas a loja de conveniencia ali ao pe (benditas lojas)!
La ultrapassei este precalco, la nos despachamos e la nos metemos a caminho do tal park. Por esta altura andava tudo doido com uma brincadeira que eu tinha comecado: no Japao o ingles e um problema, entao eu falava como eles falam e repondia como eles respondem, sempre da mesma forma. Os proprios japoneses se fartavam de rir e dizer que era verdade, sim senhor. Oke, oke ou Maybe it's ok sao frases muito utilizadas por estas gentes...
Quando chegamos ao tal park fiquei maravilhado: o dia estava maravilhoso, perfeito, diria. Passamos a entrada (onde havia imensa gente com caes e miudos) e alguns de nos alugamos uma bicileta para dar uma volta. Acabamos do outro lado do parque onde algumas um barquito de pedalamos no lago.
O parque e mesmo bonito e, como o dia estava optimo, tudo se conugou de forma excelente. E parece tudo muito natural e nao sei que, mas no Japao NADA e natural. Uma passagem de olhos mais atenta mostrava que o lago onde andamos de barco era fruto de uma barragem, havia paredes do lago forradas com cimento (para serem acessiveis, pelo que me pareceu) e ate a ponte suspensa, que parecia sinceramente de madeira, era de cimento. Enfim, nao lhe tira a beleza mas revela a necessidade que os japoneses tem em ter tudo controlado e, de certa forma, domesticado. Interessante, quando se sabe que o pais e fustigado imensas vezes por caprichos da natureza!
Almocamos num restaurante bem interessante no parque e seguimos caminho ate a uma adega que abrira ha pouco tempo ali perto. Vimos a fabrica, as vinhas e houve prova de vinhos e tudo. A Yoko - uma das japonesas - so dizia, depois da dita prova, "I'm happy!".
A viagem de regresso a Oita correu sem problemas e no meio de muito boa disposicao e por caminhos, mais uma vez, lindos.
Ontem, dia 21, estava combinada uma cocktail party para minha casa. Como e sabido, uma festa deste tipo implica alcool. Nao, Carlo, ainda nao foi desta que bebi... Eu so fui o anfitriao. Cada pessoa trazia qualquer coisa para beber e algum do pessoal trouxe acepipes que eu tamebm tinha comprado. Foi uma festa bem interessante e bem disposta, sobretudo quando a Mary ja estava mais para la do que para ca. E que ela canta e danca que nem uma doida quando esta "feliz". E o mesmo aconteceu a Bekky.
Acabamos por dancar que nem uns doidos e as ultimas pessoas (a Sonya e o Thomas) so sairam pela meia noite. Calma, pessoal! E que a festa comecou as 19.30. Aqui, as coisas fazem-se mais cedo!
O pior e que no dia seguinte alguns de nos tinhamos que nos levantar as 06.30 para ir para um outro passeio. A Bekky ficou ca em casa, naquela que foi a sua primeira noite fora de casa desde que esta no Japao, ha mais de um ano!
Seja como for, fiquei contente pelo Andrew ter vindo, ja que nao o via ha imenso tempo e por ter podido conhecer a Adrianna, a namorada dele. Fiquei tambem muito satisfeito pela presenca do Zack e da Pauline, ja que raramente os vejo e pela Shauna ter vindo, uma vez que nunca sai de casa!
Amei, amei, amei.
Mas a coisa nao ficou por aqui. A Mary e a Danny sairam para ir ver um tipo tocar um daqueles instrumentos que os indigenas australianos tocam. Eram 3 da manha quando a Mary me bate a porta a dizer que perdera a Danny e se podia dormir em minha casa! Eh, eh... Claro que sim!
Na manha seguinte, ou seja, ja hoje, dia 22, acordamos as 06.40. Entao nao e que a Mary tinha sangue entre o nariz e a boca e uma galo na cabeca por tinha caido a caminho da minha casa!? Ela so dizia que estava ja velha para beber demais e so pedia desculpa. Eu so lhe dizia que os amigos sao para estes momentos e para ela deixar de ser japonesa e estar a pedir desculpa atras desculpa!
La fomos para o outro passeio de autocarro. Eu, a Bekky, a Shauna, a Chewy (que nao viera a minha festa porque estava adoentada), a Rhea, o John, a Sonya, o Peter (que tambem nao estivera na minha festa porque tinha ido jogar hoquei no gelo a Kumamoto), o Ronnan e a Sue Jean (que tambem se baldara porque ja tinha coisas combinadas) e pessoal do escritorio.
E vamos la esclarecer para quem e que, afinal, eu trabalho. Eu trabalho para o Conselho de Educacao de Oita, tal como todas estas pessoas que enumerei (mais a Danny e a Tomiko que nao foram ao passeio). Dou aulas em 6 escolas, mas, de quando em vez, estou no escritorio (a cocar os ditos cujos porque nao ha praticamente nada para fazer ou a pagar contas e a ir ao banco). Conto, um dia, escrever sobre as aulas e tudo mais. Ok?
Voltando ao passeio... Assim que os grandes chefes do escritorio entraram, pegaram logo em cervejas. Eram 8 da manha! Bem... Mas tudo correu bem ate ao fim, nao for a chuva e alguma frio ja ao final do dia.
A nossa primeira paragem foi um sitio qualquer no Aso-san para vermos um espectaculo com macacos e suas acrobacias. Estava com um pouco de receio por ser, de alguma forma, exploracao animal. Mas os bichos sao bem tratados e ate os podemos alimentar com kits que podemos comprar la. Foi interessante, mas este tipo de espectaculo nao e a minha onda.
Depois disto, fomos almocar. Comida japonesa, claro esta. Nao e que nao goste, mas ha coisas que nao consigo, pura e simplesmente, comer. Mas o tempura de enguia e um cozido que la tinham era bem bom... Embora o pato, ou fosse la a carne que fosse, nao me seduzisse minimante!
Depois do almoco, fomos dar um pequeno passeio num comboio dentro da cratera do Aso-san.
Antes de continuar, porem, ha que explicar o que e o Aso-sani. Na verdade, nao ha um monte Aso, como ha um monte Fuji. Ha muitos, muitos anos, houve, de facto, um monte Aso. Mas, um belo dia, houve uma erupcao e ficou aberta uma cratera enorme, com uns 25 quilometros. Ha montanhas em toda a volta, como e obvio, e a cratera e verdajante, com rios e vilas e tudo mais. Ainda ha locais com vulcoes activos na zona. A toda esta zona, os japoneses chamam de Aso-san.
Apanhamos entao o dito comboio que nao tem janelas. E assim, para que se possa apreciar a beleza do sitio no seu esplendor. A principio nao estava bem a ver a tao falada beleza da zona... Mas quando passamos por pontes extremamente altas com rios cheios de pedregulhos la em baixo e tudo isto no meio do verde e de ravinas enormes mudei de opiniao. Por esta altura, ja se notava o frio!
Ja no nosso caminho para o nosso destino seguinte, paramos numa loja de beira de estrada... E, ai sim, ja se notava bem o frio, ate porque estava a chuviscar. Ainda fiz umas comprinhas e experimentei cha de cogumelos.
Por fim, chegamos a um jardim no sope de um monte la da zona, mas estava um gelo. Demos so uma vista de olhos e ainda fiz mais umas comprinhas. Por pouco, tinha comprado um bule todo em vidro. Um espectaculo. Mas demasiado fragil...
E assim foi o nosso passeio com o pessoal la do escritorio.
Foi um dia bem passado, embora muitos de nos passessemos grande parte da viagem a dormir.
E interessante ver como os japoneses sao diferentes quando estao no local de trabalho e quando estao fora dele. Tem, sem duvida, uma cultura de trabalho completamente diferente. Alias, e preciso dizer que este passeio era voluntariamente orbigatorio... Isto e, em situacoes destas, nos devemos sempre ir... Nao e bem vista a nossa ausencia a nao ser por uma muito boa razao... Enfim, isto e o Japao!
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