- Eu que gosto dos assuntos do mundo, li uma coisa muito interessante hoje: houve uma reunião entre representantes israelitas e iranianos. Por causa daquela coisa do nuclear.
Fico feliz. Mesmo que a coisa não dê em nada, e tendo em mente que o Irão nem reconhece a existência do Estado de Israel, é um grande passo. Há 30 anos que não se via coisa assim!
- Li também outra coisa. Por causa daquela senhora que já foi apanhada a conduzir sem carta dezenas de vezes. E, pelos vistos, o juíz quer metê-la em casa, com a famosa pulseira electrónica... E lembrei-me de a ver na televisão no outro dia a mandar vir quando foi apanhada mais uma vez a conduzir sem carta a caminho da escola de condução para o exame...
Pois eu não percebo esta reacção! A coisa é tão simples como: tem carta, conduz. Não tem carta, não conduz. E se o faz e é apanhada leva uma ripada. E se o faz sem parar leva mais uma ripada. E outra. E outra. E as que forem precisas até aprender!
- Eu reparo nas coisas. O que é lixado, que depois fico com a cabeça cansada... Mas não reparo só no que é mau. Pode ser que me esteja a enganar, mas quer-me parecer que a Carris, cá em Lisboa, espera que os velhotes, daqueles que mal se conseguem agarrar assim que o autocarro se move, se sentem. Eu acho isto muito bom, porque tenho visto pessoas em grandes dificuldades e os motoristas nem querem saber! Isto, sim, é civilidade. Isto, sim, é respeito pelas pessoas.
Fico feliz. Mesmo que a coisa não dê em nada, e tendo em mente que o Irão nem reconhece a existência do Estado de Israel, é um grande passo. Há 30 anos que não se via coisa assim!
- Li também outra coisa. Por causa daquela senhora que já foi apanhada a conduzir sem carta dezenas de vezes. E, pelos vistos, o juíz quer metê-la em casa, com a famosa pulseira electrónica... E lembrei-me de a ver na televisão no outro dia a mandar vir quando foi apanhada mais uma vez a conduzir sem carta a caminho da escola de condução para o exame...
Pois eu não percebo esta reacção! A coisa é tão simples como: tem carta, conduz. Não tem carta, não conduz. E se o faz e é apanhada leva uma ripada. E se o faz sem parar leva mais uma ripada. E outra. E outra. E as que forem precisas até aprender!
- Eu reparo nas coisas. O que é lixado, que depois fico com a cabeça cansada... Mas não reparo só no que é mau. Pode ser que me esteja a enganar, mas quer-me parecer que a Carris, cá em Lisboa, espera que os velhotes, daqueles que mal se conseguem agarrar assim que o autocarro se move, se sentem. Eu acho isto muito bom, porque tenho visto pessoas em grandes dificuldades e os motoristas nem querem saber! Isto, sim, é civilidade. Isto, sim, é respeito pelas pessoas.
Termino este apontamento com o desejo de que a Vimeca e a Lisboa Transportes se tornem tão boas como a Carris. Tenho dito.
- Já havia referido aqui neste meu cantinho que sinto que Lisboa está mais diversa do que nunca. Assim como Londres, mas muito mais piriri. E eu adoro isso.
Tenho reparado que há imensos asiáticos. Mas não são daqueles que só víamos a trabalhar nos restaurantes e, mais tarde, nas lojas dos chineses. Agora vê-se malta nova nos centros comerciais, pessoas a ir para casa nos transportes ou, la créme de lá créme, a mãe a ir para casa com o bebé ao colo, depois de o ir buscar ao infantário. Esta integração deixa-me feliz.
- Assaltaram o carro ao meu pai. Aqui à porta de casa. Partiram o vidro de trás do carro. E levaram-lhe os óculos escuros e a trela do Putshie, que ainda lá estava. Os meus pais estão danados por causa disto mesmo. O que eu compreendo e fica resumido neste bitate paterno: mas para quê roubar a trela? Deve ser para levar a mãe dele!
- Fui almoçar com a prima outra vez. Entre filas e filas, gente e mais gente, estava chegada a altura da prima temperar a sua saladita. Queria azeite e vinagre. Mas a menina disse-lhe que tinha quer ser ela a pôr os condimentos. Pensei e disse: é por causa dos abusos das pessoas! Mas estava enganado, como eles fizeram logo questão de dizer: nem é por isso. É por causa da gripe A!
Mas eu, um tonto com a mania que é engraçado, disse à menina: ah, assim fica você só com ela.
Viva a gripe A que nos permite momentos de confraternização e risada anteriormentes impensáveis!
- Escrevo isto a ouvir António Lobo Antunes. Nunca o li, que não sou de ler. Mesmo tendo um curso em literatura. Mas estou no céu a ouvi-lo falar. É terno no que diz. Sincero. Estava a falar de afectos e de como as pessoas são muito melhores do que se pensa. Ai, Tó, nem sabes como eu creio piamente nisso!
E depois fala de pessoas, como o Tony Carreira ou o Duarte Lima. Olhando para eles como exemplos. De coisas que uma pessoa desatenta nem se apercebe. Como gosto destas coisas.
- Para terminar, vou falar de putas. Hoje vi-as ali junto ao pólo universitário da Ajuda. Pensei que já não havia disso por ali... Mas também é bom ver que há coisas que não mudam, não vá um gajo precisar de alguma coisa. Sei lá, perguntar direcções ou assim...
Mas, e para terminar a falar à séria, que isto não pode ser só rambóia, é de lamentar que estas pessoas, que sendo pessoas têm a mesmíssima dignidade que eu tenho ou tu tens, tenham que se sujeitar a isto. A estar na rua, a enfrentar a violência, a ouvir desaforos, a fugir às doenças. Acho isto idiota, uma verdadeira hipocrisia, como se este problema não existisse! E eu que não posso com este fingimento, como se os problemas não existissem!
- Quase que me esquecia disto: estou cheio de sono, mas espero conseguir ver essa maravilha da televisão que é o America Next Top Model. O que eu curto aquilo. Menos os guinchos histéricos das gajas cada vez que vêm a Tyra.
- Já havia referido aqui neste meu cantinho que sinto que Lisboa está mais diversa do que nunca. Assim como Londres, mas muito mais piriri. E eu adoro isso.
Tenho reparado que há imensos asiáticos. Mas não são daqueles que só víamos a trabalhar nos restaurantes e, mais tarde, nas lojas dos chineses. Agora vê-se malta nova nos centros comerciais, pessoas a ir para casa nos transportes ou, la créme de lá créme, a mãe a ir para casa com o bebé ao colo, depois de o ir buscar ao infantário. Esta integração deixa-me feliz.
- Assaltaram o carro ao meu pai. Aqui à porta de casa. Partiram o vidro de trás do carro. E levaram-lhe os óculos escuros e a trela do Putshie, que ainda lá estava. Os meus pais estão danados por causa disto mesmo. O que eu compreendo e fica resumido neste bitate paterno: mas para quê roubar a trela? Deve ser para levar a mãe dele!
- Fui almoçar com a prima outra vez. Entre filas e filas, gente e mais gente, estava chegada a altura da prima temperar a sua saladita. Queria azeite e vinagre. Mas a menina disse-lhe que tinha quer ser ela a pôr os condimentos. Pensei e disse: é por causa dos abusos das pessoas! Mas estava enganado, como eles fizeram logo questão de dizer: nem é por isso. É por causa da gripe A!
Mas eu, um tonto com a mania que é engraçado, disse à menina: ah, assim fica você só com ela.
Viva a gripe A que nos permite momentos de confraternização e risada anteriormentes impensáveis!
- Escrevo isto a ouvir António Lobo Antunes. Nunca o li, que não sou de ler. Mesmo tendo um curso em literatura. Mas estou no céu a ouvi-lo falar. É terno no que diz. Sincero. Estava a falar de afectos e de como as pessoas são muito melhores do que se pensa. Ai, Tó, nem sabes como eu creio piamente nisso!
E depois fala de pessoas, como o Tony Carreira ou o Duarte Lima. Olhando para eles como exemplos. De coisas que uma pessoa desatenta nem se apercebe. Como gosto destas coisas.
- Para terminar, vou falar de putas. Hoje vi-as ali junto ao pólo universitário da Ajuda. Pensei que já não havia disso por ali... Mas também é bom ver que há coisas que não mudam, não vá um gajo precisar de alguma coisa. Sei lá, perguntar direcções ou assim...
Mas, e para terminar a falar à séria, que isto não pode ser só rambóia, é de lamentar que estas pessoas, que sendo pessoas têm a mesmíssima dignidade que eu tenho ou tu tens, tenham que se sujeitar a isto. A estar na rua, a enfrentar a violência, a ouvir desaforos, a fugir às doenças. Acho isto idiota, uma verdadeira hipocrisia, como se este problema não existisse! E eu que não posso com este fingimento, como se os problemas não existissem!
- Quase que me esquecia disto: estou cheio de sono, mas espero conseguir ver essa maravilha da televisão que é o America Next Top Model. O que eu curto aquilo. Menos os guinchos histéricos das gajas cada vez que vêm a Tyra.
3 comentários:
Que diferença abissal entre Lobo Antunes e José Saramago (sem meter a Bíblia ao barulho, ou fazer juízos de valor sobre as suas obras), no plano humano apenas.
Um Homem a sério, Lobo Antunes!!!!
Realmente partir o vidro de um carro para roubar uma trela é um pouco decadente demais... e os óculos, eram ao menos gucci ou yves saint laurent?!
Também gosto muito de ver a diversidade de pessoas em Lisboa, o não serem apenas turistas, mas pessoas como nós que vivem realmente a cidade. A nossa cultura só tem a lucrar com estas diferenças...
Sabes que as putas de Monsanto regressaram assim que o António Costa foi para a câmara de Lx. O Santana Lopes, apesar dos defeitos, tinha acabado com essa actividade naquela zona, devolvendo a serra de Monsanto ao amantes de bikes e de natureza. Já dava gosto ir fazer caminhadas em Monsanto... mas tirá-las de lá é apenas mudar o problema de sítio.
Também gostei de ouvir o Lobo Antunes falar. Tinha um ar muito tranquilo, daquele tipo de pessoas que era capaz de ouvir horas e horas a fio, por serem inteligentes e não precisarem de evidenciar isso com palavras caras.
Hasta!
Se nunca leste Lobo Antunes, deixo-te uma sugestãio: Memória de Elefante.
É só um dos melhores livros que já li e acho que ías gostar.
beijos
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