sexta-feira, agosto 14, 2009

Putshie, ou o fim de uma era

Recebi hoje um email de manhã a dizer já não temos bebé. Foram estas as palavras que a minha mãe escolheu para me dizer que o Putshie morreu...

Desde há um tempo a esta parte que coisas estranhan aconteciam... Fazia xixi sem notar, ficava parado a olhar para o infinito, não via bem, não ouvia bem... Mas nos últimos dias a coisa tinha piorado e o Putshie já nem se aguentava em pé.
Apesar de andar a passear, estive sempre em contacto com os meus pais e eles disseram que não havia nada mais a fazer senão abater o cão. O animal já nem os conhecia e chorava incessantemente.
A minha mãe só me dizia que o ouvia chorar no hospital veterinário. Que o viu já de cabecita tombada, completamente exausto...

Escusado será dizer que já me fartei de chorar por causa disto.
Eu bem sei que muito boa gente não entende esta ligação tão forte aos animais - não que o que essa gente pensa me importe muito! - mas o Putshie esteve connosco por metade da minha vida. Sempre lá. E isso não pode ser esquecido.
Aliás, ainda me lembro de como o fomos buscar a casa da mãe dele, ali no Pragal, e viemos com ele dentro de um cesto de verga no autocarro para casa. E ele a choramingar, que não queria estar ali fechado.

Tinha tantas histórias para contar, mas não posso senão começo já a chorar outra vez. Até porque sempre pensei que o veria quando regressasse e isso não vai ser possível. Mas, lá está, tenho a sorte de o lembrar feliz para sempre!

Esta terá sido provavelmente a última foto que tirámos juntos, na minha cama.


Ele a posar - ele até gostava de fotografias - com uma capa que lhe comprei. E ele que detestava andar preso ou vestido!


A dormir de barriga para cima.


Os dois cães - um grande e outro pequeno - a dormirem.
Muito pedia o Putshie para ir para debaixo dos cobertores quando estava frio...


A saír do banho.
Muitas batalhas travámos nós para lhe dar banho. Ele não gostava nada! E tentava fugir e tudo.


Tanta coisa que poderia escrever sobre o meu cão. O mais lindo do mundo, claro está!

Vai ser difícil chegar a Portugal e não o ter à minha espera...

9 comentários:

Unknown disse...

Percebo muito bem o que sentes,,, e não te importes mesmo com aquilo que as pessoas pensam,,,, os animais são bem melhores da maioria das pessoas.
Abraço

João Roque disse...

Compreendo a tua tristeza e as tuas lágrimas.
Abraço grande.

Maria disse...

Um abraço bem apertado de quem há 15 anos passou pelo que estás a passar hoje. O vazio que fica é enorme. Como sabes 15 anos depois superei o trauma de perder o meu animal de infância e voltei a acolher um outro. Hoje, quando olho para El Niño, só a ideia de o perder deixa-me agoniada (e ele tem 1 ano).


Quando arrumares as tuas ideias pensa na possibilidade de ofereceres um outro aos teus pais. Nem consigo imaginar como é que a tua mãe deve estar a sentir-se.

Beijo grande meu querido.

Tiger! disse...

Percebo perfeitamente essa tristeza. Já perdi duas gatinhas lindas e custou-me tanto, foi péssimo...
Abraço

Célia Novais Rosado disse...

Trazem-nos tantas alegrias e quando se vão é um membro da família que parte...

Assim que chegares a casa, adopta outro, porque é a forma mais fácil de superar a falta(palavras de um veterinário!).

Continuação de boa viagem e uma beijoka parisiense! :P

Anónimo disse...

Olá,
voltei com o meu blog... a continuação...
se puder me dar uma força me adicionando nos seus favoritos...
Beijos,
Cássio Henrique A.

http://fuinacasadele.blogspot.com/

Anónimo disse...

Migo, um abraço bem forte...
Não é fácil... nunca será...

Mari disse...

Oh meu kiko, nem sei o que te dizer... vou-me sempre lembrar do quanto ele me ladrava quando me via, e de tu lhe dizeres "cala-te já, não viste já que é a Mari?!..."... :) O Putschie vai ser sempre recordado o teu menino, como tu dizias... ele está melhor agora, acredita, sem sofrimento.
Beijo enorme da tua Mari

Sofia Feliz disse...

Quando a minha bebé Punky morreu também me fartei de chorar.
E hoje, já passados quase 7 anos, ainda deito uma lágrima de saudade.

Felizmente fiquei com lembranças maravilhosas... os cães são o melhor do mundo!

Beijos para ti :)