O Regresso - Bye, bye, America

Pois é, a aventura em terras do tio Sam estava a chegar ao fim. Um mês cheio de coisas que jamais esquecerei. Uma viagem e pêras. Ou cerejas, que também gosto.

Estava um dia chuvoso na Big Apple. Lá me levantei de manhã para ajudar o Daniel na sua mudança. Mas uma série de contratempos bem ao estilo de uma novela venezuelana - certamente ainda vieram todos a descobrir que eram irmãos uns dos outros! - fez com que tivesse que deixar o meu anfitrião nova-iorquino com os seus ajudantes. Tinha que ir para o aeroporto.
Eu que tenho a panca dos aeroportos e dos aviões, há muitos anos que queria ver o JFK. E foi desta. Mas o raio do aeroporto é longe como o caraças! Fui de táxi por uns dez minutos. De metro por uma meia hora (e tive que mudar de metro, que não estava no certo, embora na direcção certa!) e mais um comboiozinho para o terminal oito do aeroporto.
Mas cheguei lá muito bem a horas, sem problemas e fiz o check-in que foi uma maravilha. O tipo que me atendeu também vivera no Japão e estivemos a falar disso. E ele não compreendia como é que eu me fartara do Japão... Até que lhe disse que eu vivia no campo. Não em Tokyo!

A bem dizer, estava um bocado receoso. Embora estivesse preparado para fazer face à turbulência - ainda por cima havia uma tempestade tropical às portas da cidade! - ía voar numa companhia áerea indiana. Não desfazendo, a gente sabe como é...
Tinha vôo marcado na Jet Airways. Foi o mais barato que encontrei e dava-me imenso jeito. O horário era uma maravilha.

Pois não podia estar mais enganado! Adorei o vôo. O pessoal era super simpático, o avião super limpo e novo. A comida era boa e até tivemos direito a guardanapo de pano e tudo. Os écrans individuais e sensíveis ao toque. Joguei tetris até mais não, coisa que não fazia há milénios. Aliás, lembrei-me que quem me deu o meu jogo de tetris foi a minha avó Ivone...
Antes do jogo ainda vi, pela terceira vez, o novo Star Trek. E, claro, um episódio de Friends, série sempre disponível em qualquer viagem longa.
Os assentos eram muito confortáveis. Mas mesmo assim não preguei olho. Descansei, sim e talvez tenha dormitado por uns dois minutos. Uma miséria, só vos digo.

Lá aterrei em Bruxelles. Pensava eu que aquilo seria um aeroporto digno da capital da Europa, mas não podia estar mais enganado. Filas e filas para passar a fronteira e depois para passar a segurança. E velho e tudo.

Apesar de ter tido uma mera hora para mudar de terminal, passar controlos disto e daquilo, cheguei bem a horas de apanhar o meu avião seguinte. Destino: Genève! Sim, que agora escrevo de terras helvéticas. E do chocolate.

A viagem toda, deste New York, correu muito bem, sim senhor. E recomendo a Jet Airways a qualquer pessoa. Volto a dizer que o atendimento asiático é imbatível e não há melhor! Já a Brussels Airlines, enfim... Apesar das senhoras até serem kikas, Mas também o vôo era de uma hora, pelo que nem me preocupei!

Cheguei a Genéve, comi uma fatia de pizza, que estava esgalgado de fome e meti-me no comboio. Para uma terra fantástica chamada Lausanne, à beira do lago Le Man.


Foi giro cruzar-me com dois japonesitos no comboio e virmos a falar. E a tipa disse-me logo que eu tinha que aproveitar para falar japonês! E ainda lhe expliquei como é que fui parar ao Japão e tudo.

Uma viagem muito agradável. Mas estava extenuado e dormi umas quatro horas depois do almoço! E mais umas nove à noite!
E que bem que me souberam!