As coisas que vejo

Ontem estive para ali no carro à conversa com a minha Aidónia. Falávamos de Portugal e do mundo em geral e lembrei-me de um pequeníssimo pormenor, quando entrei no avião de Geneve para Lisboa. Sim, um avião da TAP.
Como já disse, tudo correu bem e os meninos e meninas eram muito simpáticos e tudo e tudo e tudo. Mas houve uma coisinha que me fez espécee...

Entrou uma rapariga, negra, elegante, cabelo perfeito. Bem posta. E com uns sapatos altos, algo, como dizer, exóticos. Eram assim em tons azuis, mas algo metálicos, brilhantes.
Confesso que olhei. Até porque lhe ficavam muito bem, sim senhor.

Quando ela entrou no avião, já depois de eu me sentar ao fundo do avião, reparo que a assistente de bordo dá com esses sapatos nos pézinhos da menina e olha para trás, para o comissário que estava ao fundo, e diz, em surdina, sapatos.
Eu fiquei parvo com esta atitude. Quer-se dizer, fazer comentários sobre um passageiro é muito grave. Quer-me parecer. E juro que ainda me passou pela cabeça dizer-lhe veja lá os comentários que faz sobre os passageiros. É que há quem veja. Mas não disse nada, que não precisava de me estar a chatear quando já tinha o coração nas mãos!

Mas foi uma beca triste ver uma cena destas...