No verão costumam haver umas conferências para os professores. Este ano, como se iniciaram as aulas de inglês nos quinto e sexto anos, esta semana há umas conferências acerca disso mesmo. E nós estamos lá.
Até aqui tudo bem, lindo e maravilhoso, embora eu sempre questione a qualidade destas coisas e o que é que as pessoas de facto apreendem.Mas a forma desta gente trabalhar dá comigo em doido. O dia todo com tudo em japonês, com a documentação toda em japonês, com pouca informação sobre o que queriam de nós.
No final do dia, tivemos uma mini reunião com um senhor lá da câmara que nos deu conta de uma mensagem dos chefes lá no cume. Chamaram-nos a atenção para estarmos em silêncio enquanto os intervinientes falam. O que até compreendo, que à tarde aquilo foi um poudo demais. Mas também nos disse que não podemos beber nada ou comer nem que seja um rebuçadinho equanto estivermos na sala da conferência. Eu, que nunca me calo, perguntei se podia então saír da sala e beber água, porque às vezes o ar condicionado não funciona e fica demasiado calor. A resposta foi, sem tirar em pôr, sim, pode saír. Mas não vê mais ninguém a fazê-lo... Ao que eu, sinceramente supreendido com a idiotice da resposta só lhe disse eu sou eu e os outros são os outros.
Esta mentalidade de grupo, em que toda a gente tem de fazer exactamente o mesmo, mesmo que isso implique total desconforto do indivíduo, é uma coisa que não consigo ultrapassar. Tipicamente japonês e um total desrespeito pelo indivíduo.
E, mais, disse à chefe que tem que ser mais clara sobre as indicações que nos dá. Nós precisamos de saber exactamente o que fazer, senão andamos ali a apanhar bolas. Hoje, por exemplo, meteram-nos a fazer uma actividade com os professores - até aqui tudo bem - sem nós sabermos que a tínhamos que fazer, depois sem saber como e, ainda por cima, por quanto tempo.
Sinceramente, isto deixa muito a desejar.
A imagem que as pessoas têm do Japão não corresponde exactamente ao que o Japão é. Muito pelo contrário.
Este país funciona se for sempre nos mesmos moldes, a fazer as mesmas coisas, sem contratempos ou problemas. Assim anda tudo na boa.
Mas uma coisa é certa: se ando farto das regras idiotas desta gente, também me vai fazer muita confusão voltar a Portugal e ter que levar com a falta de regras, responsabilidade e com o excesso de arbitrariadade.
No final do dia, tivemos uma mini reunião com um senhor lá da câmara que nos deu conta de uma mensagem dos chefes lá no cume. Chamaram-nos a atenção para estarmos em silêncio enquanto os intervinientes falam. O que até compreendo, que à tarde aquilo foi um poudo demais. Mas também nos disse que não podemos beber nada ou comer nem que seja um rebuçadinho equanto estivermos na sala da conferência. Eu, que nunca me calo, perguntei se podia então saír da sala e beber água, porque às vezes o ar condicionado não funciona e fica demasiado calor. A resposta foi, sem tirar em pôr, sim, pode saír. Mas não vê mais ninguém a fazê-lo... Ao que eu, sinceramente supreendido com a idiotice da resposta só lhe disse eu sou eu e os outros são os outros.
Esta mentalidade de grupo, em que toda a gente tem de fazer exactamente o mesmo, mesmo que isso implique total desconforto do indivíduo, é uma coisa que não consigo ultrapassar. Tipicamente japonês e um total desrespeito pelo indivíduo.
E, mais, disse à chefe que tem que ser mais clara sobre as indicações que nos dá. Nós precisamos de saber exactamente o que fazer, senão andamos ali a apanhar bolas. Hoje, por exemplo, meteram-nos a fazer uma actividade com os professores - até aqui tudo bem - sem nós sabermos que a tínhamos que fazer, depois sem saber como e, ainda por cima, por quanto tempo.
Sinceramente, isto deixa muito a desejar.
A imagem que as pessoas têm do Japão não corresponde exactamente ao que o Japão é. Muito pelo contrário.
Este país funciona se for sempre nos mesmos moldes, a fazer as mesmas coisas, sem contratempos ou problemas. Assim anda tudo na boa.
Mas uma coisa é certa: se ando farto das regras idiotas desta gente, também me vai fazer muita confusão voltar a Portugal e ter que levar com a falta de regras, responsabilidade e com o excesso de arbitrariadade.
9 comentários:
Infelizmente nunca há 'balance' nas coisas...
Se essa malta se descontraísse...
x
Concordo. Sobretudo com o teu parágrafo final...
Ok, ok,,,, vamos-te deixar beber uma águazita de vez em quando,,,,ahahah,,, mas nada de chatices que tu hoje estás rabujento! Mas não penses que Portugal não desenvolveu nestes últimos 4 anos. Agora para tomares a tua água tens que fazer um requerimento à ministra logo de manhazinha,,,, a seguir ao almoço deve estar autorizado,,,ahahahahah,,, mas cuidado... isso pode influenciar a tua avaliação final!
Tu é que escolhes, o indivíduo é sobrano!!!! lolololol
Aí, é proibido, quase, improvisar; aqui, improvisar é a forma quase geral de agir...
Abraço.
Ah sim por aqui nada de novo ou diferente...as mesmas filas burocráticas, o mesmo laxismo do "não faças para amanhã o que podes fazer para depois de amanhã" e o "complicar" daquilo que é simples...mas isso é o nosso rectângulozinho à beira-mar plantado...e o equilíbrio entre os dois mundos seria o desejável, contudo creio que utópico...
Beijosssss.
Ah pois é... regras em Portugal não se aplicam... de todo...
Bjinhos migo
Tá calado pá, tu desenrascas-te. Está-te no sangue, ora bolas!
:D :D
Beiji***
É o efeito carneirinho... vai tudo em rebanho.
E tu aí armado em "ovelha negra" a tresmalhares... onde é que já se viu?! ;)
Cá, na Tugasland, também assim é para o bem e para o mal...
Eu já tinha essa imagem, não me surpreende em nada. É o que vou aprendendo quando vejo bonequinhos nipónicos. Podem ser desenhos animados, mas através de muitos deles conseguimos perceber como é o povo japonês!
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