sábado, outubro 18, 2008

Usuki e as maravilhas da arte

O segundo dia deles por aqui também foi dia de passeio. Eu tinha tirado estes dois dias de férias, para poder estar com eles. E para poder usufruir deles, também.

Eles levantaram-se mais cedo e lá foram para Usuki. Afinal, não é todos os dias que se vem fazer uma exposição ao Japão.
Ok, convém esclarecer a coisa: o João veio até aqui para expôr uns quadros que pintara. Uns quadros com momentos de Usuki!

Lá foram os dois para arranjarem a coisa. E o João até foi entrevistado pela televisão local, o jornal e uma revista. Não me espantaria nada se aparecesse na playgirl local!

Fui lá ter com eles para almoçar e para assistir à inauguração da exposição. Na Sala de Usuki. E é assim mesmo que se chama, mesmo em japonês! Não é interessante ver como o português ainda marca presença até nos sítios mais recônditos do planeta!?
A Yuko, que não via há imenso tempo, deu-me uma boleia da estação até ao local da exposição. Que bom foi meter a conversa em dia com ela.

Mas cá está o meu quadro favorito!


Rimos um bocado. O João sempre nervoso. O que também não é de surpreender.
E fomos almoçar ao Portugla, um café mesmo ali.



Aliás, o complexo da Sala de Usuki é belíssimo. E belíssimo estava também o dia. Não podíamos ter pedido melhor!




De volta ao local da exposição, deu para ver o espólio permanente que lá têm. Uma pena que não haja nada em inglês ou, até, português. Dada o crescente número de turistas...



E reparem bem num mapa antigo do Japão!


E cá estão os quadros do João, imediatamente antes da inauguração da exposição...


...que aconteceu com a presença de membros da câmara municipal...


...e houve discursos, como só poderia ser...



E vinho que o João trouxera e que a embaixada portuguesa fizera o favor de fazer chegar até Usuki. E uma queijadas de Sintra, que é para esta gente ver o que é bom!


Foi tudo um sucesso, apesar dos nervos. Toda a gente gostou dos vinhos e até os primeiro visitantes da exposição, umas velhotas, puderam provar as queijadas e adoraram!

E depois lá fomos pela calle fora, ver as vistas. E se já coisa que Usuki tem sáo vistas das boas.

A propriedade da família Hinaba, de um antigo samurai. E é sempre um sítio belo para visitar. Mas, pela primeira vez, não estava lá mais ninguém. Não fosse o burburinho dos carros ao longe, e ia parecer um pedaço de céu!



A bem dizer, estava cansadito. Mas tudo valeu a pena, sim senhor.

Antes disto, ainda passaramos por uma loja. Estava lá uma velhota tão kiki. E a Maria José queria ter-lhe tirado uma foto... Mas a senhora disse que não, mesmo depois de eu lhe dizer que ela era bem bonita. Ao que ela só me disse "tenho 90 anos"! E nesse momento só lhe queria apertá-la e dar-lhe miminhos!!! Demais!

Curioso foi que, em Usuki, ninguém me perguntou se o João e a Maria José eram meus pais... É que em Yufuin, no dia anterior, perguntam-me duas vezes!!! A Maria José não gostou lá muito da ideia... Mas acabou por me "adoptar"... Para mim, quantos mais pais tiver, melhor. Há mais prendas de anos e de Natal!

Mas o dia em Usuki terminou numa valente correria por atalhos para chegarmos à estação. Lembrem-me que, da próxima vez, 10 minutos em joãonês são, na verdade, 20...
Fomos a andar depressa, a Maria José aflita com os picadas dos mosquitos nos pés e as sandalocas. Vimos (mais) um atalho, com o rio de um lado e um liceu do outro e fomos por ali. Até ao fim, que não ia dar a lado nenhum senão a uma portinhola para dentro do liceu. Não havia tempo a perder. Entrámos por ali adentro, com os miúdos a praticarem rugby, perguntei o caminho a um miúdo, respondeu em inglês, andámos a passo de marcha, comprei o bilhete, esperámos o comboio chegar. O resto do caminho, eu e ela fomos a cantar músicas portuguesas antigas, de Marco Paulo a Carlos Paião e de Simone de Oliveira a Doce. E o João sempre encavacado. Como só ele.

Resultado, à noite estava completamente podre. Deixei-me dormir sem lhes ter dito até para semana. Agora estão em Okinawa!

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