Acabei agora de acordar de uma sesta. Dei aulas de manhã, mas não me consegui aguentar e tirei duas horas de férias - expressão estranha - para vir para casa descansar.
Pode parecer um mimo desnecessário, mas estava mesmo a precisar.
Estes últimos dias têm sido algo complicados. Por causa do meu aniversário, tenho andado todo stressado e preocupado. Uma estupidez, eu sei, mas também sei que o Japão me tem mexido nas emoções de uma maneira tal que certas miudezas tomam proporções dignas do Godzilla! Por isso, quero desde já deixar um grande arigato em quem teve que levar comigo e com as minhas choraminguices.
Andei todo preocupado porque organizar uma festa para 60 pessoas é sempre complicado. Chove, não chove. É aqui ou ali. Vem este, vem aquele. Enfim. Tudo correu bem e nem houve vinho entornado na minha carpete ou no meu tatami, que eram os meus piores medos. E veio muita gente. E isso deixou-me feliz.
Não ando a pensar em retrospectiva nem ando com as mãos na cabeça, ai ai ai que fiz 30 anos. Nada disso. Sinto-me talvez melhor do que nunca comigo mesmo, como já o disse aqui antes. Mas, e como disse já, ando muito mais sensível do que o normal. E isso revela alguma coisa.
Ultimamente quero muito voltar a Portugal. Não me deixo de me preocupar com o meu futuro, porque toda a gente sabe que as coisas não estão fáceis, mas quero estar outra vez no seio do que me é verdadeiramente familiar. Quero estar com os meus amigos (os melhores do mundo, sem dúvida alguma). Quero estar em casa, com o pai, a mãe, a avó, o canito. Quero comer aquelas coisas de que sinto umas saudades imensas. Quero entender tudo o que se passa à minha volta. Quero cheirar o ar puro de manhã, bem cedo.
Não quero com isto dizer que não gosto de estar aqui. Muito pelo contrário. Apesar de tudo, o Japão tem-me oferecido coisas que jamais imaginara sequer. Mas tenho-me sentido muito só aqui. Não por falta de amigos, mas por falta de coisas que nem consigo bem enumerar.
Tive a casa cheia de gente e foi óptimo poder estar aqui, de kimono, a rir, a tirar fotografias, a dizer parvoíces, a abraçar pessoas que vieram para estar comigo. Vieram professores com quem trabalho, amigos que não via há algum tempo, pessoal que vejo todos os dias.
Mesmo assim pensava em tudo o que deixei para trás. E esse pensamento como que, e muito sinceramente, não me deixou usufruir plenamente da companhia desta gente maravilhosa com quem estive.
Recebi mensagens e presentes de todo o lado do mundo. O Carlos ligou-me, as Sónias, a pandilha do pateta, a Inês, a Ana, até o António lá em Tokyo, a minha madrinha... Recebi emails do mais variado, a começar pela minha mãe com o seu blá blá blá. Ou o do Shin, a morar no Tonga, o país que, como ele disse, é onde o sol nasce primeiro e por isso ele foi o primeiro a poder festejar os meus 30 anos. Do Algarve, do Dubai, do Lumiar, da Holanda, da Reboleira, de tantos sítios que nem posso fazer uma lista. E isso deixa-me com uma felicidade, com uma plenitude no meu ser que vocês nem imaginam.
Queria tanto poder ter estado com toda esta gente junto de mim, que eu, sem todos vós, não sou nada, ninguém!
Pode parecer desnecessário, mas um obrigado do fundo do coração!
Há tanta coisa dentro de mim neste momento, que nem consigo fazer com que saia tudo cá para fora. Mas esse também não é o propósito deste pequeno desabafo. Aliás, é-0 só isso, um desabafo. Como se estivesse a conversar com cada um de vocês lado a lado, ou frente a frente, como preferirem...
Agora não fiquem preocupados comigo, que se há coisa que consigo digerir facilmente é o que se passa comigo mesmo. Mas já não poderei dizer o mesmo de pimentos ou ervilhas.
Dentro em breve haverá uma catrefada de fotografias. Como de costume! Mas fica já aqui um pequeno presente virtual que me chegou ontem:
Pode parecer um mimo desnecessário, mas estava mesmo a precisar.
Estes últimos dias têm sido algo complicados. Por causa do meu aniversário, tenho andado todo stressado e preocupado. Uma estupidez, eu sei, mas também sei que o Japão me tem mexido nas emoções de uma maneira tal que certas miudezas tomam proporções dignas do Godzilla! Por isso, quero desde já deixar um grande arigato em quem teve que levar comigo e com as minhas choraminguices.
Andei todo preocupado porque organizar uma festa para 60 pessoas é sempre complicado. Chove, não chove. É aqui ou ali. Vem este, vem aquele. Enfim. Tudo correu bem e nem houve vinho entornado na minha carpete ou no meu tatami, que eram os meus piores medos. E veio muita gente. E isso deixou-me feliz.
Não ando a pensar em retrospectiva nem ando com as mãos na cabeça, ai ai ai que fiz 30 anos. Nada disso. Sinto-me talvez melhor do que nunca comigo mesmo, como já o disse aqui antes. Mas, e como disse já, ando muito mais sensível do que o normal. E isso revela alguma coisa.
Ultimamente quero muito voltar a Portugal. Não me deixo de me preocupar com o meu futuro, porque toda a gente sabe que as coisas não estão fáceis, mas quero estar outra vez no seio do que me é verdadeiramente familiar. Quero estar com os meus amigos (os melhores do mundo, sem dúvida alguma). Quero estar em casa, com o pai, a mãe, a avó, o canito. Quero comer aquelas coisas de que sinto umas saudades imensas. Quero entender tudo o que se passa à minha volta. Quero cheirar o ar puro de manhã, bem cedo.
Não quero com isto dizer que não gosto de estar aqui. Muito pelo contrário. Apesar de tudo, o Japão tem-me oferecido coisas que jamais imaginara sequer. Mas tenho-me sentido muito só aqui. Não por falta de amigos, mas por falta de coisas que nem consigo bem enumerar.
Tive a casa cheia de gente e foi óptimo poder estar aqui, de kimono, a rir, a tirar fotografias, a dizer parvoíces, a abraçar pessoas que vieram para estar comigo. Vieram professores com quem trabalho, amigos que não via há algum tempo, pessoal que vejo todos os dias.
Mesmo assim pensava em tudo o que deixei para trás. E esse pensamento como que, e muito sinceramente, não me deixou usufruir plenamente da companhia desta gente maravilhosa com quem estive.
Recebi mensagens e presentes de todo o lado do mundo. O Carlos ligou-me, as Sónias, a pandilha do pateta, a Inês, a Ana, até o António lá em Tokyo, a minha madrinha... Recebi emails do mais variado, a começar pela minha mãe com o seu blá blá blá. Ou o do Shin, a morar no Tonga, o país que, como ele disse, é onde o sol nasce primeiro e por isso ele foi o primeiro a poder festejar os meus 30 anos. Do Algarve, do Dubai, do Lumiar, da Holanda, da Reboleira, de tantos sítios que nem posso fazer uma lista. E isso deixa-me com uma felicidade, com uma plenitude no meu ser que vocês nem imaginam.
Queria tanto poder ter estado com toda esta gente junto de mim, que eu, sem todos vós, não sou nada, ninguém!
Pode parecer desnecessário, mas um obrigado do fundo do coração!
Há tanta coisa dentro de mim neste momento, que nem consigo fazer com que saia tudo cá para fora. Mas esse também não é o propósito deste pequeno desabafo. Aliás, é-0 só isso, um desabafo. Como se estivesse a conversar com cada um de vocês lado a lado, ou frente a frente, como preferirem...
Agora não fiquem preocupados comigo, que se há coisa que consigo digerir facilmente é o que se passa comigo mesmo. Mas já não poderei dizer o mesmo de pimentos ou ervilhas.
Dentro em breve haverá uma catrefada de fotografias. Como de costume! Mas fica já aqui um pequeno presente virtual que me chegou ontem:
Agora que este momento da minha vida já faz parte do meu album de recordações, tenho a certeza de aqui o menino voltará ao normal. Se é que isso é possível!
8 comentários:
Amigo jeitoso...o meu recadinho é o seguinte: Diverte-te muito por aí que quando regressares vais ter imensa gente que gosta muito de ti a tua espera para continuar a diversão! :)
Inês
concordo c as palavras da ines! eu serei uma delas, assim como a propria ines.
gostei mto d ter falado a correr contigo. sei q estavas na tua festa rodeado d pessoas e n conseguias dar conta d tudo ao mesmo tempo. nós bem tentamos ser as primeiras, as 3h da manha :D mas n acordaste...
um grande beijo e um abraço apertadinho p o meu grande amigo de infancia!
ADORO-TE!!!
Ângelo
Um dos mais belos posts que aqui colocaste desde que inauguraste o blog.
Não que nos outros não fales de ti, das emoções e apreensões em geral, das alegrias e tonterias, mas porque neste te detiveste em ti mesmo, nu, exposto, com o nome completo, e não apenas uma parte do Ângelo que dá nome ao blog.
E quando somos inteiros e falamos com a fluidez ditada pela essência, sem filtros racionalizantes, somos isto que mostraste: um ser humano lindo que partilhou aquilo que realmente é.
Parabéns por isso.
Meu lindo, fico feliz por saber que correu tudo bem com a tua festa de aniversário...
Relativamente ao "turbilhão de emoções" é perfeitamente normal... tenho 27 anos, não saí de Portugal (ainda) e muitas vezes dou por mim a ter pensamentos muito semelhantes...
O mais importante é que és amado.
Eu não te conheço pessoalmente e simplesmente ADORO-TE! Pelo que leio no teu blog, és o tipo de pessoa que podemos contar como um verdadeiro amigo e isso é tão raro hoje em dia...
Por isso, meu lindo, para mim és único e certamente não serei a única a pensar desta maneira :)
Bjinhos e boa semana :)
Fico contente por saber que festejaste bem o teu aniversário, na companhia dos que te consideram aí nesse país.
Gosto do teu optimismo e da forma como aproveitas a tua estada aí. É sinal que és um lutador, por isso acredito que o futuro te reservará grandes êxitos.
Felicidades!
Hummm...
30 anos com 60 convidados... Tu na vida fazes tudo a dobrar? Lololol
Recorda só os bons momentos... Acredita que os outros irão parar, mais tarde ou mais cedo, ao baú do esquecimento.
Não dei (ainda) prenda... Não telefonei (ainda)... Ainda estou a tempo...
Da Costa De Carvalho dixit
Continuo a não perceber porque não atendeste as amigas às 3h da manhã…mesmo que não voltasses a dormir era fixe!! Falavas com “nozes e avelãs” logo pela madrugada do teu dia de aniversário! Que sorte que era!!! Ehehe!
Bjs e aguardo pelas fotos!
Inês
Bom... parabéns atrasados :). Isto tem sido complicado por aqui e não tenho ido fazer a ronda pelos blogs.
Tu queres voltar..eu quero partir. Curioso.
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