O Marquês, a Prima e a Miquelina

Como tinha tempo para ir almoçar com a prima, fui pelo Marquês.

E lá cheguei ao nosso ponto de encontro.

Almoçámos, rimos, como de costume, e no entretanto já lhe tinha dado as prendas de Natal para ela e para a irmã dela.

Foram tardias, é verdade, mas como ela mesma disse, assim até sabe bem! Vão sempre havendo prendas.
E, claro, tive que lhes encontrar uns saquitos discretos, simples, como a minha própria pessoa, há que dizê-lo.

Ela gostou da sua prendinha pipi.

Não dava com a sua indumentária do dia, pelo que depressa recolheu o cachecol ao seu saco tigresse, que coisa mais fashion não há!

À tarde fui ter com a Miquelina. Apesar da sua vida para lá de assoberbada, ela lá arranja sempre tempo para me receber.

Neste dia estava um pouco mais destrambelhada do que costume... Lembra-se de imensa coisa, do género, estamos em Janeiro, sabe o ano em que nasceu, conhece o dinheiro, etc etc, mas disse-me que estávamos em 1910. Lá a fiz raciocinar e chegou à conclusão de que não podia ser, porque já tínhamos passado o ano 2000 e quando a relembrei de que ela tinha nascido em 1928, logo não podia ser 1910, ela só me disse que assim, ao menos, seria muito nova!
Sim, que a Miquelina está ligeiramente baralhada, mas manda cá com cada piada que eu nem sei o que dizer!

Seja como fôr, é interessante ver como os nossos cérebros funcionam!

E como eu gosto de a ajudar a situar-se melhor ao invés de a baralhar ainda mais, tivemos ali um curso intensivo de línguas. E isto é um feito, que ela sempre foi uma resistente a estrangeirismos e estrangeiradas!

Japonês:


Inglês:


(Tenho que agradecer à minha mãe por estoicamente não se ter desmanchado a rir enquanto gravava estas cenas tristes!)

E assim se fazem uma velhota e o seu neto maluco felizes.