Às vezes há umas cenas que me fazem muita impressão...
Os meus vizinhos de baixo falam alto como o caraças! Não é de noite, nem nada, mas as manhãs são sempre muito agitadas! Às oito e meia já ela está aos berros com o neto. Depois parece que passa a manhã ao telefone. Mais berros. Já para não falar quando há para ali umas discussões com o marido. Que, convém dizer, não lhe fica atrás nos decibéis que solta.
É verdade que não incomodam ninguém à noite, nem nada, mas um gajo quer dormir a manhã toda a nunca pode. Porque já sabe que vai ser acordado à hora do pequeno almoço do puto. E por aí adiante.
De notar que são mais novos que os meus pais e eu ainda estou para perceber do que é que vivem...
Os de cima não falam, mas ao final do dia têm os netos em casa a correr de um lado para o outro, aos pulos, a atirar coisas para o chão e mais não sei quê. E há dias em que é mesmo muito mau, como se fosse um tremor de terra no meu tecto...
E depois arrastam coisas às horas mais estranhas. Não necessariamente às tantas da matina, mas a verdade é que às vezes andam a mudar a sala para o quarto e o quarto para a sala. Ou pelo menos assim parece.
E depois têm outro problema: andam a calcorrear a casa toda logo de manhã cedo. Normalmente nem os oiço - vá lá - mas hoje às seis da manhã já andavam por ali de tamancos...
Depois, há os do lado, que já aqui referi. Pessoas estranhas, fontes de histórias inesgotáveis que não se ficam só pelo alho na ombreira da porta, mas passam também por cuspidelas à janela, murros em velhotas que não se deixam ficar, cobardice quando confrontados com as situações, nomes que saem da boca de um tipo maluco, o ritual de levar o cão à rua que só visto...
Mas esses, e há que dizê-lo com toda a frontalidade, não incomodam ninguém. A não ser quando tracam a porta cada vez que saem e entram já para não falar quando mexiam na porta cada vez que ouviam alguém nas escadas...
Também há a tipa do outro lado, já no outro prédio. Em noite de Ídolos - que se tornou num programa chato, sem ritmo - oiço mais a televisão dela do que a minha até ao fim da coisa. E atenção que o quarto dos meus pais fica entre a sala dela e o meu quarto!
O que me vale é que parece que o próximo programa vai ser o último! Aleluia!
E de manhã também há a cadela ali do primeiro andar que uiva, uiva, uiva. E, lá está, um gajo refastelado na cama com aquilo não consegue dormir assim tão facilmente...
Entretanto, o máximo que ouvem quando estamos em casa é uma musiquinha de quando em vez. E nem é muito alto, que isto está tudo velho cá em casa!
Claro que isto, muitas vezes, nem me incomoda nada e faz parte da coisa. Como diz a Shauna you need a job.
Os meus vizinhos de baixo falam alto como o caraças! Não é de noite, nem nada, mas as manhãs são sempre muito agitadas! Às oito e meia já ela está aos berros com o neto. Depois parece que passa a manhã ao telefone. Mais berros. Já para não falar quando há para ali umas discussões com o marido. Que, convém dizer, não lhe fica atrás nos decibéis que solta.
É verdade que não incomodam ninguém à noite, nem nada, mas um gajo quer dormir a manhã toda a nunca pode. Porque já sabe que vai ser acordado à hora do pequeno almoço do puto. E por aí adiante.
De notar que são mais novos que os meus pais e eu ainda estou para perceber do que é que vivem...
Os de cima não falam, mas ao final do dia têm os netos em casa a correr de um lado para o outro, aos pulos, a atirar coisas para o chão e mais não sei quê. E há dias em que é mesmo muito mau, como se fosse um tremor de terra no meu tecto...
E depois arrastam coisas às horas mais estranhas. Não necessariamente às tantas da matina, mas a verdade é que às vezes andam a mudar a sala para o quarto e o quarto para a sala. Ou pelo menos assim parece.
E depois têm outro problema: andam a calcorrear a casa toda logo de manhã cedo. Normalmente nem os oiço - vá lá - mas hoje às seis da manhã já andavam por ali de tamancos...
Depois, há os do lado, que já aqui referi. Pessoas estranhas, fontes de histórias inesgotáveis que não se ficam só pelo alho na ombreira da porta, mas passam também por cuspidelas à janela, murros em velhotas que não se deixam ficar, cobardice quando confrontados com as situações, nomes que saem da boca de um tipo maluco, o ritual de levar o cão à rua que só visto...
Mas esses, e há que dizê-lo com toda a frontalidade, não incomodam ninguém. A não ser quando tracam a porta cada vez que saem e entram já para não falar quando mexiam na porta cada vez que ouviam alguém nas escadas...
Também há a tipa do outro lado, já no outro prédio. Em noite de Ídolos - que se tornou num programa chato, sem ritmo - oiço mais a televisão dela do que a minha até ao fim da coisa. E atenção que o quarto dos meus pais fica entre a sala dela e o meu quarto!
O que me vale é que parece que o próximo programa vai ser o último! Aleluia!
E de manhã também há a cadela ali do primeiro andar que uiva, uiva, uiva. E, lá está, um gajo refastelado na cama com aquilo não consegue dormir assim tão facilmente...
Entretanto, o máximo que ouvem quando estamos em casa é uma musiquinha de quando em vez. E nem é muito alto, que isto está tudo velho cá em casa!
Claro que isto, muitas vezes, nem me incomoda nada e faz parte da coisa. Como diz a Shauna you need a job.