...hoje, ao entrar no hospital Egas Moniz para visitar uma amiga em convalescença, que já lá vão vinte e dois anos. Desde a última vez que lá tinha entrado. Sendo eu o paciente e estando numa cama daquele hospital treze dias...
Lembro-me de quem lá esteve. Da rapariga à frente, da outra ao lado dela e da velhota ao meu lado. E do rapaz que foi para lá quando ela saíu.
Lembro-me de a rapariga da frente ter vindo das Áfricas, porque tinha sido operada às pernas e estava tudo infectado.
Lembro-me da mãe da rapariga ao lado, que tinha pesos nas pernas para as acertar, vir ter comigo à noite porque eu gritava pela minha mãe. Mexia no cabelo dela e acalmava-me.
Lembro-me da velhota ao meu lado dar-me a mão, por vezes a meio da noite, quando acordava agitado.
Lembro-me de uma enfermeira Lídia. De me tirarem os pontos da perna e me doer tanto. Lembro-me da tal menina com os pesos na perna chorar quando lhos foram tirar, tal era o nervoso.
Lembro-me de pedir uma foto da Patusca, a cadela de uma amiga que tinha ficado connosco exactamente durante esse período em que fui atropelado e quase fui desta para melhor.
É giro como entrar ali me transporta ao passado e me faz lembrar tantas coisas...
Mas o que interessa é que a minha amiga está boazinha e não tarda sai dali para fora. O que espero aconteça mesmo, porque ter que levar com as velhas a ressonar à noite, a falar ao telemóvel aos gritos, a ter conversas sobre nada e todas confusas com os elevadores não faz bem a ninguém!
Lembro-me de quem lá esteve. Da rapariga à frente, da outra ao lado dela e da velhota ao meu lado. E do rapaz que foi para lá quando ela saíu.
Lembro-me de a rapariga da frente ter vindo das Áfricas, porque tinha sido operada às pernas e estava tudo infectado.
Lembro-me da mãe da rapariga ao lado, que tinha pesos nas pernas para as acertar, vir ter comigo à noite porque eu gritava pela minha mãe. Mexia no cabelo dela e acalmava-me.
Lembro-me da velhota ao meu lado dar-me a mão, por vezes a meio da noite, quando acordava agitado.
Lembro-me de uma enfermeira Lídia. De me tirarem os pontos da perna e me doer tanto. Lembro-me da tal menina com os pesos na perna chorar quando lhos foram tirar, tal era o nervoso.
Lembro-me de pedir uma foto da Patusca, a cadela de uma amiga que tinha ficado connosco exactamente durante esse período em que fui atropelado e quase fui desta para melhor.
É giro como entrar ali me transporta ao passado e me faz lembrar tantas coisas...
Mas o que interessa é que a minha amiga está boazinha e não tarda sai dali para fora. O que espero aconteça mesmo, porque ter que levar com as velhas a ressonar à noite, a falar ao telemóvel aos gritos, a ter conversas sobre nada e todas confusas com os elevadores não faz bem a ninguém!
3 comentários:
As mães, mesmo que não as nossas, estão sempre ao serviço. Beijos, flores e estrelas *****
Bonito texto meu Angelino querido.
As memórias estão cá para sempre activadas e melhor que as antigas só as novas que construimos por cima das outras.
Beijos mil e saudades.
Eu também sou assim tão visual.
Não há um dia que passe sem que um cheiro, um som, um objecto, me transporte para o baú das memórias.
Um beijo ;)
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