Um dia normal e, no entanto, tão cheio de pequenas coisas que preciso de deitar cá para fora...
O dia começou bem comigo a fazer a barba e a cortar-me em três sítios. Já sabem que detesto fazer a barba, mas a coisa até costuma correr bem. Mas as últimas vezes têm dado que falar e corto-me sempre... E é sempre no pior sítio de todos que é no pescoço... E depois aquela merda não pára e eu a ter que ir apanhar a carreira...
Chego à carreira e cadê ela!?
Esperei 20 minutos, ou até mais, pelo famoso 114 para te tirar da Amadora e me levar para Carnaxide... O autocarro das 9.10 apareceu às 9.25, já estava eu a ligar o número da Vimeca para lhes perguntar onde é que andava!
Acabei por não ligar nesse momento, mas liguei quando cheguei ao trabalho. Para reclamar, claro está. A Sóneta, colega, já esfregava as mãos. E depois já era a Atoinette e a Sandrovski a verem o que se passava. Com a Grace pelo meio e até a Mary Joseph - não sei se repararam que toda a gente tem a sua alcunha!.
Resumindo e concluindo, seja quem for que me atendeu precisa de formação no atendimento o mais depressa possível, Porque me disse coisas incriveís como esses 15 minutos acontecem muitas vezes; esse atraso vai acontecer outra vez; é o trânsito; não é possível ter um autocarro pronto em cada sítio para saírem a horas. E ainda teve a lata de me perguntar se eu andava de autocarros todos os dias... E que seria por isso que estaria a reclamar.
Eu estive na boa até que me passei e lhe disse que não estava a achar a conversa normal e que sentia uma má-fé da parte da troglodita do outro lado...
Também lhe disse que tenho que pagar o passe a tempo e horas senão não entro no autocarro e a gaja nada. Devia estar a pensar em dizer não gostas, vai de carro.
Bem... Eu bem que sabia que não iria resolver nada, como até lhe disse, mas que estava no direito de reclamar e exigir um melhor seviço! Mas lá concordámos que a Câmara cá do sítio também devia fazer alguma coisa... O que é bem verdade, que o Mr. Raposo cá da Amadora só pensa no metro e o resto que se lixe.
Isto passou-se e eu já a espumar da boca.
Entretanto muito trabalho. Que eu tenho trabalhado que nem um maluco. Gosto do que estou a fazer e, sobretudo, do pessoal, mas às vezes é um pouco ingrato, porque eu faço tudo e há quem não faça nada. E não me digam que é para eu trabalhar menos, que eu não gosto de ver as coisas por fazer e detesto saír com coisas penduradas por tudo quanto é lado...
Também sei que se a escola fosse autónoma no que toca a contratações, já lá estaria desde o dia primeiro... Mas como não é assim...
Já me tinha esquecido e tudo, mas a Sóneta, sedenta de mais porradaria telefónica, lembrou-me de ligar para o Centro de Emprego para ver como está o meu pedido do CAP... É que já o fiz há seis meses e nunca mais me dizem nada.
Liguei aqui para a Amadora - já tinha um contacto porque havia mandado um e-mail - e disseram-me que a senhora estava e férias e que não havia substituto... E eu pergunto-me quando é que esta gente aprenderá que alguém estar de férias não é razão para o trabalho não estar feito!?
O que me valeu é que a senhora me perguntou o que se passava e lá me deu um contacto. Liguei para lá e deram-me um outro, porque o meu pedido ainda está a ser apreciado noutro sítio, embora dentro da mesma instituição.
Liguei para esse novo sítio e andei às voltas. Esperava, mas as técnicas não atendiam porque, como me disseram, isto hoje está complicado.
Sou sincero e não insisti mais, mas amanhã vou tratar disto, porque seis meses para olharem para uns papelotes e dizerem-me se sim ou se não é demais.
É que entretanto instalara-se mais uma das minhas dores de cabeça. Porque me deu uma fomezinha mínima antes do almoço e eu não tratei logo disso. Só por causa disso... E é por estas e por outras, que eu tenho que ir comendo ao longo do dia, senão fico aflito da tóina.
Mais trabalho, mas mais ligeirinho.
Saí e fui ver a Miquelina. E só me apetecia chorar ali ao pé dela. Claro que não o faço, porque a quero incentivar para ela ficar linda e maravilhosa rapidamente... Mas custa-me tanto vê-la completamente indefesa... Ela está de tal maneira, que nem fala. Tudo o que me conseguiu dizer hoje, e depois de muito esforço, foi é.
Ela tenta, tenta, mas não consegue articular as palavras... E eu perguntei à enfermeira se lhe estavam a dar a medicação para o Alzheimer e parece que não... Por isso, quero crer, é que ela não consegue falar e está mais baralhadita. Ficará lá um recado para o médico.
Mas vê-la consciente e a não conseguir falar, com um olhar de quem está prestes a chorar de tristeza e frustração parte-me o coração...
Dei-lhe muitos beijinhos e ainda mais festinhas. Dei-lhe uns nadinhas de água, porque não pode exagerar. E ela sempre e tentar falar e sempre com aquele olhar...
O que me valeu, para atenuar um nadinha esta dôr de a ver assim, foi saír e dar com uma luz maravilhosa...
Apanhei outro autocarro para vir para casa e percebi que a condutora se enganou... Até lhe fiz o reparo e ela concordou. Nada de importante, que fomos dar ao mesmo sítio. Tudo por causa de uma rua que está a ser arranjada, que já não era sem tempo.
Agora estou aqui em casa, ainda aflito da mona, ainda que já drÓgado, a ver o que me guarda o resto do dia. Mas a verdade é que deixar isto tudo aqui já me aliviou de alguma maneira...
O dia começou bem comigo a fazer a barba e a cortar-me em três sítios. Já sabem que detesto fazer a barba, mas a coisa até costuma correr bem. Mas as últimas vezes têm dado que falar e corto-me sempre... E é sempre no pior sítio de todos que é no pescoço... E depois aquela merda não pára e eu a ter que ir apanhar a carreira...
Chego à carreira e cadê ela!?
Esperei 20 minutos, ou até mais, pelo famoso 114 para te tirar da Amadora e me levar para Carnaxide... O autocarro das 9.10 apareceu às 9.25, já estava eu a ligar o número da Vimeca para lhes perguntar onde é que andava!
Acabei por não ligar nesse momento, mas liguei quando cheguei ao trabalho. Para reclamar, claro está. A Sóneta, colega, já esfregava as mãos. E depois já era a Atoinette e a Sandrovski a verem o que se passava. Com a Grace pelo meio e até a Mary Joseph - não sei se repararam que toda a gente tem a sua alcunha!.
Resumindo e concluindo, seja quem for que me atendeu precisa de formação no atendimento o mais depressa possível, Porque me disse coisas incriveís como esses 15 minutos acontecem muitas vezes; esse atraso vai acontecer outra vez; é o trânsito; não é possível ter um autocarro pronto em cada sítio para saírem a horas. E ainda teve a lata de me perguntar se eu andava de autocarros todos os dias... E que seria por isso que estaria a reclamar.
Eu estive na boa até que me passei e lhe disse que não estava a achar a conversa normal e que sentia uma má-fé da parte da troglodita do outro lado...
Também lhe disse que tenho que pagar o passe a tempo e horas senão não entro no autocarro e a gaja nada. Devia estar a pensar em dizer não gostas, vai de carro.
Bem... Eu bem que sabia que não iria resolver nada, como até lhe disse, mas que estava no direito de reclamar e exigir um melhor seviço! Mas lá concordámos que a Câmara cá do sítio também devia fazer alguma coisa... O que é bem verdade, que o Mr. Raposo cá da Amadora só pensa no metro e o resto que se lixe.
Isto passou-se e eu já a espumar da boca.
Entretanto muito trabalho. Que eu tenho trabalhado que nem um maluco. Gosto do que estou a fazer e, sobretudo, do pessoal, mas às vezes é um pouco ingrato, porque eu faço tudo e há quem não faça nada. E não me digam que é para eu trabalhar menos, que eu não gosto de ver as coisas por fazer e detesto saír com coisas penduradas por tudo quanto é lado...
Também sei que se a escola fosse autónoma no que toca a contratações, já lá estaria desde o dia primeiro... Mas como não é assim...
Já me tinha esquecido e tudo, mas a Sóneta, sedenta de mais porradaria telefónica, lembrou-me de ligar para o Centro de Emprego para ver como está o meu pedido do CAP... É que já o fiz há seis meses e nunca mais me dizem nada.
Liguei aqui para a Amadora - já tinha um contacto porque havia mandado um e-mail - e disseram-me que a senhora estava e férias e que não havia substituto... E eu pergunto-me quando é que esta gente aprenderá que alguém estar de férias não é razão para o trabalho não estar feito!?
O que me valeu é que a senhora me perguntou o que se passava e lá me deu um contacto. Liguei para lá e deram-me um outro, porque o meu pedido ainda está a ser apreciado noutro sítio, embora dentro da mesma instituição.
Liguei para esse novo sítio e andei às voltas. Esperava, mas as técnicas não atendiam porque, como me disseram, isto hoje está complicado.
Sou sincero e não insisti mais, mas amanhã vou tratar disto, porque seis meses para olharem para uns papelotes e dizerem-me se sim ou se não é demais.
É que entretanto instalara-se mais uma das minhas dores de cabeça. Porque me deu uma fomezinha mínima antes do almoço e eu não tratei logo disso. Só por causa disso... E é por estas e por outras, que eu tenho que ir comendo ao longo do dia, senão fico aflito da tóina.
Mais trabalho, mas mais ligeirinho.
Saí e fui ver a Miquelina. E só me apetecia chorar ali ao pé dela. Claro que não o faço, porque a quero incentivar para ela ficar linda e maravilhosa rapidamente... Mas custa-me tanto vê-la completamente indefesa... Ela está de tal maneira, que nem fala. Tudo o que me conseguiu dizer hoje, e depois de muito esforço, foi é.
Ela tenta, tenta, mas não consegue articular as palavras... E eu perguntei à enfermeira se lhe estavam a dar a medicação para o Alzheimer e parece que não... Por isso, quero crer, é que ela não consegue falar e está mais baralhadita. Ficará lá um recado para o médico.
Mas vê-la consciente e a não conseguir falar, com um olhar de quem está prestes a chorar de tristeza e frustração parte-me o coração...
Dei-lhe muitos beijinhos e ainda mais festinhas. Dei-lhe uns nadinhas de água, porque não pode exagerar. E ela sempre e tentar falar e sempre com aquele olhar...
O que me valeu, para atenuar um nadinha esta dôr de a ver assim, foi saír e dar com uma luz maravilhosa...
Apanhei outro autocarro para vir para casa e percebi que a condutora se enganou... Até lhe fiz o reparo e ela concordou. Nada de importante, que fomos dar ao mesmo sítio. Tudo por causa de uma rua que está a ser arranjada, que já não era sem tempo.
Agora estou aqui em casa, ainda aflito da mona, ainda que já drÓgado, a ver o que me guarda o resto do dia. Mas a verdade é que deixar isto tudo aqui já me aliviou de alguma maneira...
2 comentários:
Às vezes é preciso parar e respirar... :)
Força para a Miquelina!
e um abraço!
Uma vez mais, as melhoras para a tua avó.
Abraço.
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