Festa em Tsukumi

Este domingo foi dia de festa em Tsukumi. E como se a festa em si não fosse já razão para o passeio, a nossa querida Lisa ia tocar taiko, os tambores tradicionais cá do sítio! Então lá se organizou um passeio até Tsukumi, a uma hora de comboio de Oita.

Encontrei-me com a Camille e a sua professora de japonês ainda em Oita. Iam as duas belas de yukata. A professora ainda tinha aventado a hipótese de levar uma para eu usar, mas eu não prometi que a usaria porque estava um calor infernal! E a Camille que o diga que suava por tudo quanto era lado.

Eu e a Camille estavamos fascinados com este rapazito! Lembram-se da parte de estar muito calor? Pois o rapaz ia preparado, como se pode ver, vestindo calções e uma t-shirt sem mangas. Mas, se repararem, tem um cachecol em volta do pescoço! Do género eh pá, isto fica-me bem mas falta-me qualquer coisa... preciso de um acessório qualquer... e como até está quentinho e húmido lá fora, um cachecol vinha mesmo a calhar! A Camille e eu achamos que isto não é normal!

Obviamente que a Camille, linda como é, e ainda por cima de yukata, recebeu muitos olhares dos passageiros. E tendo um ar meio oriental, deve ter lançado a confusão em muitas daquelas cabecitas!

Já estavam umas quantas alminhas em Tsukumi e muitas outras haveriam de dar um arzinho da sua graça depois. E o calor continuava. E nem uma árvore em frente ao palco. Só de lado, junto aos toldos. É que estava mesmo impossível!

Actuaram 3 grupos, sendo o da Lisa o primeiro.

E cá está a nossa menina tocadora de tambores em acção.

Repararam em alguma coisa diferente? Isso mesmo, ela é a única que sorri! Acham normal?! Conta ela que desde pequena que toca taiko e sempre lhe disseram para sorrir. Mas isso são claramente americanices! No Japão, como tudo o resto, isto é assunto sério!!!

E assim foi a primeira parte da actuação do grupo da Lisa, o grupo de Tsukumi.

Lá se seguiu um outro grupo.

E quem não estava nada à espera de ir parar ao palco era a Lindsey. E ela que estava em frente ao palco só para tirar fotos... Mas, enfim, nós, os gaijin, somos presa fácil! Especialmente quando o mamedo salta à vista!


E cá estou eu com a nossa estrela do momento, a Lisa, coisa mai' kika!



A Lauren e eu estavamos loucos! Relva! Relva!!! É que na cidade de Oita não se econtra disto! E ainda por cima, mesmo ao lado do mar... Apesar da cimenteira ou lá o que é do outro lado... Mas quem foi a Tróia já viu disso, por isso não há problema!


Senti-me tão próximo da natureza!


E a Lisa lá voltou às suas lides percurssionistas.

A música dos tambores lá acabou e nós por ali ficámos que a festa estava longe de terminar!


E até o Ippei, desterrado em Tokyo, apareceu! E que alegria poder vê-lo!



E pude finalmente conhecer a mulher dele. E o bebé deles. Ainda dentro da barriga... O que nos levou a iniciar uma discusão filosófica sobre quem tinha uma barriga maior: eu ou ela, a mulher grávida!


E até o Duncan lá esteve! Há tanto tempo que não o via. E senti-me tão pequenino!!!




Andava por lá uma menina muito simpática, filha de uns amigos do Ippei.


E como estava chegada a hora do jantar, tivemos que ir comer qualquer coisinha. Tentámos o Joyfull, mas havia uma lista de espera com duas páginas. Por isso comemos a bela da comidinha da festarola. Uns soba com ovo. Upa upa!







Mas o momento alto da festa em Tsukumi é sempre o fogo de artifício! Não foi o melhor que já vi, confesso, mas não foi nada mau, não senhor!

E estava chegada a hora de irmos apanhar o comboio. Mas não pensem que fomos assim sem mais nem menos. Ainda tirámos mais uns retratos!


A coisa acabou por completo e lá fomos nós para a estação. Eram umas 21.20 e o comboio seguinte era às 21.52, que aqui não há linha de Sintra para ninguém. Bem, a fila era tão grande que só chegámos ao cais de embarque para o comboio das 22.30.
E uma das coisas que o Japão tem de bom é a organização. Havia pessoal antes do início da fila com a informação sobre os horários dos comboios, havia dois caminhos, um para Oita e o outro no sentido contrário. Tudo sempre optimamente organizado. Só não percebemos porquê que os comboios só tinham duas carruagens na mesma. Mas também meia hora em boa companhia passa-se depressa. Por esta altura estava com a Camille e o Satoshi (o rapaz japonês que vêm na foto acima), um aluno do 11º do Anthony com um inglês muito bom mesmo! Quer ser piloto.

Mas o Japão tem destas coisas... Um lavatório em pleno cais da estação, não vá uma pessoa precisar de lavar as mãos antes de entrar no comboio!


Eu e a Camille, à falta de lugar melhor, sentámo-nos em cima do muro da coisa... Somos uns selvagens, nós!



E tivemos a companhia de uma mariposa grande e gordalhufa no comboio. Era ver as meninas todas loucas com um bicho que não faz mal a ninguém. A abanarem os seus leques conforme o bicho se mexia para mais perto delas. Algumas pessoas até saíram dali para outro lugar no comboio.
O bicharoco, cansado, poisou debaixo de um saco de plástico que estava na prateleira por cima dos assentos. O pior é que chegou a estação do homem e ele queria sair, mas estava com receio de alcançar oseu saco, não fosse o bicho ter dentes e matá-lo à dentada! Toda a gente a rir, claro, e não fosse eu ir buscar o saco ao homem e acho que ele ainda lá estaria a olhar para o dito cujo!


Mas as aventuras do Angelo não tinham terminado, não senhor. Estava a chegar à minha bicla, estacionada juntinho à estação, quando vejo um homem, que seguia à minha frente largar a sua bela garrafa de água no meu cesto traseiro ("meu" como quem diz, "da bicicleta"!). Dois segundos depois alcanço o cesto, solto um desprezível sumimasen (desculpe) o homem pede logo desculpa, volta atrás, pega na garrafita e lá vai ele. Eu queria rir-me, porque fora um timing perfeito, mas não podia porque tinha que parecer zangado! AH AH!

Um dia óptimo, apesar do calor!