Como já tinha aqui escrito há algum tempo, a minha vida tem andado num virote. Tenho escrito pouco aqui, porque pura e simplesmente não tenho tido tempo. E o pouco que tenho tido é para descansar!
Mas não pensem que fui tomado por alguma paixão assolapada ou que ando nas drogas duras em part-time. Nada disso! A razão é das boas: deixei a casa dos meus pais e estou a morar sózinho.
É uma boa nova e não foi sem os seus contratempos, mas se assim não fosse a coisa também não teria muito interesse.
Hoje, porém, ao entrar em casa, reparei pela primeira vez que estava mesmo em casa. Afinal, já não tenho montes de coisas no corredor nem coisas deixadas aqui ou ali. Não que o meu novo lar não precise de umas coisas aqui e ali, mas grosso modo está despachado.
Mudei-me para lá há pouco mais de uma semana e, depois das primeiras noite não muito bem dormidas, lá estou de vento em popa, com roupa lavada e passada a ferro, coisinhas no sítio e a decoração tal como tinha imaginado logo nos princípios do projecto.
Este apartamento para onde me mudei tem a sua história. Foi o sítio que me viu crescer, onde vivi com os meus avós dezassete anos da minha vida e onde vivi muitas coisas da minha vida. Por isso, depois de obras, arranjos, carregamentos industriais de tralhas e móveis lá estou eu no sossego. Porque o sítio é bem sossegadinho. Nada se passa. Tal como gosto.
A pouco e pouco haverá fotos lá do crib. Conforme for recebendo visitas aos poucos e poucos. É que me faltam os cortinados. E sem cortinados não há visitas oficiais!